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Rússia à beira do primeiro calote desde 1917

US$ 117 milhões em juros vencem nesta quarta-feira (16); país tem reservas internacionais bloqueadas e dívida não pode ser paga em rublos.

Mesmo com reservas internacionais suficientes para manter-se adimplente, de US$ 630 bilhões, a Rússia pode deixar de pagar a sua dívida externa nesta quarta-feira (16). Caso isso se concretize, este será o primeiro calote da dívida externa do país desde a Revolução de 1917.

Com as sanções financeiras impostas pelos EUA, UE (União Europeia) e outros países em retaliação à invasão da Ucrânia, a economia russa está caminhando para o colapso. No início deste mês, as agências de classificação de risco rebaixaram a nota de crédito da Rússia para “junk”, prevendo grande chance de calote.

O país precisa pagar US$ 117 milhões em juros de um título emitido em dólar, cujo vencimento é na quinta-feira (17). Se não honrar o pagamento, será a primeira vez que a Rússia entra em calote externo desde a Revolução de 1917, quando os bolcheviques não reconheceram a dívida do período czarista. Nem mesmo na crise das dívidas dos anos 1990, quando a economia do país foi a colapso em 1998, o país entrou em moratória externa. Na época, o calote foi só em sua dívida interna.

Capital bloqueado

Mesmo tendo o dinheiro, a Rússia não pode acessá-lo. Desde 2014, a última vez que os Estados Unidos e aliados impuseram sanções ao país devido à anexação da Crimeia, o Kremlin acumulou mais de US$ 600 bilhões em reservas estrangeiras, agora parcialmente bloqueadas.

Além disso, o presidente Vladimir Putin proibiu qualquer pagamento, inclusive para credores externos, em qualquer outra moeda que não seja o rublo, como parte do esforço de seu regime para fortalecer a moeda russa diante das sanções impostas pelo Ocidente.

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