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Torres tentou usar a PRF para bloquear eleitores na BA

Ex-ministro da Justiça preso por suspeita de golpe virou alvo de investigação por crime eleitoral

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, é alvo de mais uma investigação sobre sua participação em tentativas de minar o resultado das eleições presidenciais. Uma investigação da Polícia Federal (PF) tenta descobrir o que exatamente ele fez na superintendência do órgão na Bahia, às vésperas do segundo turno, em outubro. A viagem teve como pretexto a coordenação de praxe dos esforços da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) contra eventuais crimes eleitorais.

Torres teria cometido crimes eleitorais ao pedir, pessoalmente, que a PF da Bahia ajudasse a PRF a dificultar o tráfego de eleitores em áreas onde o então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, levaria larga vantagem. Se bem-sucedido, o crime poderia ter mudado o resultado da eleição. O episódio fez com que o agora ex-superintendente da PRF, Silvinei Vasques, fosse processado por improbidade. Na Bahia, Lula obteve 69,7% dos votos, enquanto Bolsonaro, 24,3%. Lula venceu apertado, com pouco mais de 2 milhões de votos de diferença.

O ex-ministro da Justiça segue detido desde 14 de janeiro por sua participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro, quando atuava como secretário de Segurança do Distrito Federal (DF). Em sua residência, em Brasília, foram encontradas evidências que parte do governo Bolsonaro tentou anular as eleições para reconduzir o ex-presidente ao poder. O caso foi noticiado pela colunista do G1 e da GloboNews, Andreia Sadi.

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