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Servidor da Justiça criou mapa para barrar eleitores de Lula

Plano com a participação do ex-ministro Anderson Torres envolveria uso político da Polícia Rodoviária Federal no Nordeste

Segundo informações apuradas pelo G1, um servidor do Ministério da Justiça foi responsável por elaborar um documento com uma lista de cidades onde o efetivo policial deveria ser reforçado durante o segundo turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro de 2022. O mapeamento contemplaria todos os estados da região Nordeste e daria especial atenção aos locais onde o PT costuma vencer com grande vantagem.

Seria uma clara tentativa orquestrada de sabotagem do pleito. Para tanto, o então ministro da Justiça, Anderson Torres, se reuniu com a Polícia Federal (PF) e pediu que a força atuasse junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sob a justificativa de coibir eventuais crimes eleitorais. O que se viu no dia foi a PRF bloqueando a circulação de eleitores de zonas rurais para seus respectivos locais de votação – o que foi denunciado em poucas horas.

A responsável pelo documento seria a delegada Marília Ferreira Alencar. Ela teria recebido o pedido de mapeamento de Anderson Torres, na época em que atuava no Ministério da Justiça. Alencar teria então solicitado a um servidor da área de Tecnologia da Informação (TI) do ministério que fizesse o levantamento, o que seria possível acessando dados públicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são do colunista Lauro Jardim, de O Globo. Os partidos costumam ter esses mapas em mãos para direcionar suas estratégias de campanha.

Minuta do golpe

No dia do segundo turno, a PRF realizou blitze em todo o país, a maioria delas no Nordeste. Logo após o pleito, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, foi processado por crime eleitoral e, exonerado, foi aposentado. Ele segue respondendo na Justiça.

Já Torres está preso desde janeiro de 2023, investigado por suspeita de omissão e conivência com atos antidemocráticos. Ele também é alvo de inquérito sobre a minuta do golpe, que daria sustentação jurídica para a anulação das eleições por meio de golpe militar e a recondução de Bolsonaro ao poder. Sua participação no episódio dos bloqueios só foi denunciada pela PF depois e virou notícia nesta semana. Já a delegada Marília Ferreira Alencar é alvo de investigação por suspeita de ter agido para esconder provas relacionadas a esses atos.

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