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Silva e Luna critica possível rumo da Petrobras

Ex-presidente da estatal cai atirando e defende preços de mercado: “Ninguém vai importar mais caro para vender mais barato”

De saída da presidência da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna aproveitou os holofotes de uma palestra no Superior Tribunal Militar (STM), nesta terça-feira (29), para criticar os possíveis rumos que a estatal pode adotar. Ele defendeu a gestão e as decisões adotadas até o momento. Antecessor do economista Roberto Castello Branco, da qual compartilha a mesma visão sobre preços de mercado, Silva e Luna foi demitido após uma série de desgastes e críticas recebidas do próprio governo em razão de sucessivos repasses dos aumentos dos combustíveis ao consumidor. Ele presidiu a estatal de 21 abril de 2021 a 28 março de 2022. Antes, foi ministro da Defesa no último ano do governo Michel Temer.

De acordo com Silva e Luna, não cabe à Petrobras segurar artificialmente os preços e é preciso seguir o movimento do mercado, mesmo que que estatal precise contribuir socialmente. “Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Muito menos política partidária”, afirmou o general, em uma citação indireta ao presidente Jair Bolsonaro, que perde popularidade por causa dos combustíveis.

O agora ex-presidente da estatal fez questão de pontuar que a Petrobras não é um monopólio e concorre com mais de 80 empresas no Brasil. Por isso, defendeu a necessidade da prática de preços de mercado, conforme a legislação vigente. “Se não tiver preço competitivo, ninguém vai importar mais caro para vender mais barato no país e vai faltar combustível”, declarou. 

O nome mais cotado para suceder o general é do especialista em energia Adriano Pires. Silva e Luna não mencionou o provável sucessor, mas afirmou que “uma andorinha só não faz verão”. Ele ainda disse que a petroleira demorou para repassar o aumento em razão dos reflexos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, mas que o reajuste foi inevitável. “A gente teve um crescimento [no preço do barril de petróleo] permanente. Não havia um patamar de estabilidade. Chegou a um ponto em que estava U$ 137 o valor do barril, enquanto a referência anterior era de U$ 82. Tivemos que conversar, estabelecer um aumento”, concluiu.

As críticas foram proferidas um dia após o anúncio de sua demissão, na segunda-feira (28). Na mesma noite, seu antecessor, Roberto Castello Branco, afirmou durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que chegou a ignorar as mesangens do presidente Jair Bolsonaro questionando os sucessivos aumentos dos combustíveis. Castello Branco presidiu a Petrobras de 3 de janeiro de 2019 a 13 de abril de 2021.


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