O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para verificar se o Banco do Brasil está prejudicando estados de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PL) na concessão de empréstimos. A apuração se dá após denúncia do jornal Folha de São Paulo.
A representação foi feita pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado. O processo foi aberto na terça-feira (1º) e está sob relatoria do ministro Aroldo Cedraz. Governadores, como o de Alagoas, Renan Filho (MDB), afirmam que o estado estava conversando com o banco sobre crédito, mas houve desistência por parte da instituição por “ingerência política”. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), também acusou o banco de privilegiar estados qu estão nas mãos de aliados do planalto.
Renan Filho conta que decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar os recursos porque acredita que Alagoas tem direito ao empréstimo de R$ 228 milhões que pleiteia. “O estado entrou no STF justamente porque temos um espaço fiscal garantido pelo Tesouro. Essa operação de crédito é importante para impulsionar os investimentos e fazer frente à crise econômica que afeta o Brasil e que aqui a gente vem superando com o maior volume de investimentos da história”, afirmou.
O Banco do Brasil nega ingerência política na concessão de empréstimos e afirma que segue “critérios técnicos”.