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O CEO Improvável: Frank Hamer

Frank Hamer, o nosso CEO Improvável desta semana, era um Texas Ranger. Ou seja, não era um policial comum. Com a estrela conferida pelo estado texano, um Ranger tinha mais poderes que um guarda de rua e muito mais empenho que um detetive de delegacia. Sua jurisdição poderia ser nacional, pois os serviços desta divisão estavam sempre à disposição de Washington. Seria como se os paulistas tivessem um esquadrão de elite que trabalhasse em conjunto com a Polícia Federal.

Se os Rangers eram a elite das forças legais, Hamer era o melhor entre os melhores.

Sob seu comando, a Ku Klux Klan deixou de assassinar negros a bel prazer em terras texanas. Em 1922, iniciou uma força tarefa para coibir os assassinatos racistas que assolavam a região. Foi pessoalmente responsável por salvar 15 pessoas durante os dez anos que comandou essa operação. Também acabou as milícias texanas durante o tempo em que comandou as forças policiais do estado.

Seu maior feito, no entanto, foi obtido após sua aposentadoria. Hamer (com um “m” mesmo) pendurou as chuteiras em 1932. Dois anos depois, foi convidado a entrar numa força tarefa especial: perseguir o casal Bonnie Parker e Clyde Barrow, que formavam a dupla Bonnie & Clyde.

No início da década de 1930, os Estados Unidos viviam uma depressão histórica e a pobreza havia tomado conta do país. Os bancos eram os lugares onde o dinheiro se concentrava – e Bonnie & Clyde assaltavam várias agências bancárias, matando dezenas de pessoas que se colocavam no caminho. Eram uma espécie de ídolos da juventude e o jeito de Bonnie se vestir, sempre usando uma boina colorida, viraria uma moda entre as adolescentes americanas.

Hamer era a perfeita definição da frase que marcou os Texas Rangers: “One Riot, One Ranger”. Ou seja, bastaria um Ranger para acabar com um tumulto. Ele entrou para o Hall da Fama dos Texas Rangers por sua lendária capacidade de detetive, recolhendo todas as pistas possíveis para montar perfis psicológicos de seus alvos. Com Bonnie e Clyde não foi diferente. Ficou na cola da dupla por 102 dias, até que conseguiu a informação de que o casal iria passar a Páscoa na casa dos pais de um membro da gangue. Armaram uma emboscada numa estrada rural na cidade de Bienville Parish, em Louisiana.

Foram desferidos mais de cem tiros no carro em que Bonnie e Clyde viajavam – como se costume, um Ford V-8.

Para acabar com a onda de crimes de Barrow e Parker, Hamer recebeu 180 dólares mensais, a metade de seu último contracheque como oficial da lei. Mas ficou com toda a recompensa pela captura dos bandidos, que seria paga ao estilo imortalizado pelos cartazes espalhados na época do Velho Oeste: “Wanted Dead or Alive”, ou seja, procurados vivos ou mortos.

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