Companhia reverteu o prejuízo registrado entre janeiro e março, iniciando um ciclo de recuperação nas vendas
A FriGol encerrou o segundo trimestre deste ano com uma receita bruta de R$ 821 milhões, crescimento de 12% em relação ao primeiro trimestre. A alta foi acompanhada de rentabilidade, com lucro líquido de R$ 24 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 15 milhões entre janeiro e março. Já o ebitda foi de R$ 29 milhões, com margem de 4%.
“Foi um período de recuperação, depois de um primeiro trimestre marcado pelo autoembargo nas exportações para a China. Porém, como já prevíamos, houve queda na comparação anual, com as receitas de exportação impactadas por uma valorização do real e pela queda no preço pago pelo mercado chinês. Por isso, adotamos a mesma estratégia do período de embargo, redirecionando as vendas para o mercado interno, onde temos marcas e forte relacionamento com clientes”, afirmou o CEO da Frigol, Eduardo Miron.
No comparativo do segundo trimestre de 2023 frente ao mesmo período de 2022, a receita bruta registrou queda de 15%, o lucro líquido ficou 53% abaixo e o ebitda 66% menor. “Como consequência da disciplina financeira e esforço na gestão de capital de giro, encerramos o período com caixa de R$ 292 milhões, 38% maior do que o registrado ao fim do primeiro trimestre e alta de 36% na comparação anual”, explicou o CFO da Frigol, Eduardo Masson.
As vendas para o mercado externo representaram 54% da receita bruta, aumento em relação aos 42% do primeiro trimestre e próximo ao patamar de 55% atingido no segundo trimestre de 2022. A China foi o principal destino dos embarques, seguido de Israel.
Estratégia
Do ponto de vista operacional, o segundo trimestre foi marcado pela conclusão dos projetos que permitiram aumentar a capacidade produtiva nas três plantas de bovinos em Lençóis Paulista, Água Azul do Norte e São Félix do Xingu. Agora, a empresa está preparada para abater 590 mil animais neste ano, 25% acima que em 2022.
“Elegemos 2023 como o ano da eficiência operacional e estamos cumprindo as metas ao ampliar a capacidade de produção, sofisticar o processo de monitoramento de fornecedores para garantir a sustentabilidade, diversificar mercados, além de desenvolver ações para nos aproximarmos de clientes no mercado externo e interno. Dessa forma, estaremos preparados para crescer no momento de recuperação de nosso setor”, destacou Miron.