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Bradesco lança plano para retomar lucratividade

Banco apostará em varejo, alta renda média, PMEs, Cielo e renovação do crédito para voltar ao protagonismo

Conforme previsto desde o início da semana, o Bradesco anunciou nesta quarta-feira (7) um plano de reestruturação interna para retomar a lucratividade, que foi minguante até a divulgação nesta manhã do balanço de 2023, com perdas de 21%. O banco foi afetado pela inadimplência durante a fase de juros baixos na pandemia, perdendo espaço enquanto não conseguia um reposicionamento em outros segmentos.

A reestruturação deve ser concluída em cinco anos, com resultados a partir de uma guinada na tomada de decisões. Foi percebido que a estrutura do banco estava engessada, o que dificultou mudanças pontuais de rumo diante de um cenário cambiante. O processo será conduzido pelo CEO Marcelo Noronha, no cargo desde novembro. Os primeiros resultados devem aparecer em 2025.

Serão cinco pontos: varejo, alta renda, pequenas e médias empresas (PMEs), meios de pagamentos e renovação dos ciclos de crédito. Para um banco, nada de novo, mas será preciso arrumar a casa. “Somos líderes ou estamos entre os top 3 maiores bancos em todos os principais segmentos de clientes. Por isso queremos crescer nosso market share de crédito dos atuais 14% para uma faixa entre 15% e 19%”, disse o CEO, na apresentação desta manhã.

Um dos resultados esperados é o retorno sobre patrimônio líquido (ROE), que indica a capacidade do banco de rentabilizar capital. O índice ficou em 6,9%, bem abaixo dos 20% do Itaú e Banco do Brasil, e dos 10% do Santander. “Não tem bala de prata, não estamos reinventando a roda ou vamos competir com Elon Musk levando foguete para a lua”, continuou.

Na alta renda, o Bradesco quer investir em uma nova categoria que mesclará private banking (entre R$ 25 mil e R$ 1 milhão) e prime (R$ 8 mil e R$ 25 mil). “É uma mudança de rota para atender uma base importantíssima”, comentou o CFO Cassiano Scarpelli. O Bradesco estima 1,7 milhão de clientes nessa faixa intermediária. No varejo de baixa renda, será preciso reduzir o risco de crédito, dividindo o físico do digital. 

Para as PMEs, a carteira de R$ 100 bilhões será retrabalhada. O Bradesco tem a maior do mercado e considera necessário trabalhar melhor essa vantagem. “Queremos criar agências, plataformas e equipes específicas, com novo modelo de gestão. Serão 122 agências entregues neste ano”, disse Noronha.

Nos meios de pagamento, fundamentais às PME, o banco se junta ao Banco do Brasil em uma oferta pública para fechar o capital da Cielo e suas maquininhas. “Este ano é de transição. É um plano que vamos realizar passo a passo até 2028”, afirmou Noronha.

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