Nos últimos anos, a Bolsa brasileira passou por uma explosão sem precedentes. Em 2002, 85,2 mil investidores compraram ações no Brasil. Em dezembro de 2019, o número chegou a 1,6 milhão. Mesmo com o notável avanço, as mulheres continuam distantes desse mercado. Elas correspondiam a 18% dos investidores em 2002. Atualmente, a participação é de 23%, um crescimento modesto. O curioso é que a presença já foi maior: o recorde foi registrado em 2012, quando 25% dos investidores eram do sexo feminino. Uma das explicações possíveis para a distância das mulheres da bolsa de valores é a desigualdade de gênero que persiste no Brasil. Elas, sem dúvida, ganharam espaço no mercado de trabalho, mas há uma indigesta defasagem em relação aos homens. Segundo pesquisa recente da consultoria Grant Thornton, só 25% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no país – percentual próximo ao de investidoras na bolsa de valores. O caminho, portanto, é longo para que o cenário seja transformado.