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Exame: o que esperar do Ibovespa em 2022, de acordo com cinco instituições

Mediana das previsões coloca índice aos 120 mil pontos ao final do próximo ano

O Ibovespa, principal índice da B3, tem enfrentado um forte período de turbulência nos últimos meses e caminha para fechar o ano em queda de quase 13%. Desde a máxima histórica aos 130.776, conquistada em junho, o Ibovespa já caiu 19,6%, voltando para a marca dos 102 mil pontos.

O que derrubou o índice este ano foi uma combinação de riscos fiscais, alta da Selic, disparada do dólar e avanço da inflação. Para o ano que vem, os riscos devem continuar, somados ao agravante das eleições de 2022, que prometem acrescentar ainda mais volatilidade ao mercado. Com essas preocupações no radar, as instituições começam a revisar suas previsões para o próximo ano, optando por perspectivas mais conservadoras.

O ponto médio entre as projeções de cinco bancos e corretoras consultados coloca o principal índice da B3 aos 120 mil pontos no final de 2022 – mesma pontuação que o Ibovespa tinha nos primeiros meses deste ano. Assim, se a mediana das previsões se confirmar, o índice terá levado mais de um ano para se recuperar das perdas recentes.

InstituiçãoProjeção para 2022
Ativa Investimentos117.000
Guide Investimentos120.000
Modalmais125.000
Morgan Stanley120.000
Órama134.000 *
* Previsão entre 130.000 e 134.000 pontos

As perspectivas variam entre 110 mil pontos na visão mais pessimista e 125 mil no cenário mais positivo. Considerando o fechamento do último pregão, aos 102.546 pontos, o Ibovespa ainda pode subir 7,2% segundo a mediana das projeções consultadas – podendo alcançar um crescimento de 21,8% na conjuntura mais otimista.

A Órama, que mantém a perspectiva mais altista entre as instituições levantadas, prevê o Ibovespa na casa entre 130 mil pontos e 134mil até o final de 2022. “Estamos projetando que o múltiplo preço/lucro (P/L) para o índice em 2020 seja de 8 vezes, podendo chegar a até 10 vezes”.

Já a Ativa, que tem a visão mais pessimista, cita as eleições como principal fonte de preocupação interna para reduzir suas projeções de 138 mil para 117 mil pontos. Externamente, o temor é pela retirada de estímulos nos Estados Unidos, que podem ainda não estar completamente precificados.

“Caso ocorra de forma rápida ou mais intensa, a retirada dos estímulos possui uma boa dose de surpresa, que pegaria muitos investidores desprevenidos. Olhando para dentro de casa, não vemos como muito provável a possibilidade de que a aproximação da corrida eleitoral nos trazer novos elementos positivos”, avalia Pedro Serra, gerente de research da Ativa.

Em relatório, o Morgan Stanley, afirmou que mantém exposição overweight (acima da média do mercado) no Brasil dentro da América Latina. Ainda assim, o banco segue cauteloso com as perspectivas para a bolsa brasileira. A preferência dos analistas é por papéis dos setores de alimentos e commodities, em especial petroquímicas. Já setores cíclicos como tecnologia, bancos e transporte ficam fora do radar.

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Beatriz Quesada

Publicado em: cutt.ly/lTND005

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