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“Somos fieis aos nossos eleitores, não ao governo”, diz líder do Novo

Para o líder do partido Novo na Câmara, Marcel van Hattem, a ida do ministro Abraham Weintraub (Educação) à Câmara dos Deputados não mudou o ânimo do Parlamento para votar a reforma da Previdência. Em entrevista a MONEY REPORT, van Hattem defende a continuação do debate sobre o tema e diz que prefere que o projeto que muda as aposentadorias seja aprovado só no próximo semestre. A seguir os principais trechos da entrevista.

Como o senhor avalia a ida do ministro da Educação, Abraham Weintraub, à Câmara dos Deputados?

Ficou dentro do que havíamos previsto. Suspeitávamos que o plenário da Câmara acabaria sendo utilizado mais para finalidade política do que para debater educação. Tanto que, após fazer provocações ao ministro, partidos de esquerda, como PT e PCdoB, que fizeram o requerimento, deixaram o plenário. Não é à toa que votamos contra a ida de Weintraub à Câmara. Além disso, penso que, no momento, é mais importante discutir as medidas provisórias que já estavam na pauta.

O senhor acredita que essa turbulência afetou o humor dos deputados na Câmara para votar a reforma da Previdência?

Penso que não. A reforma da Previdência é uma pauta do Brasil. A Câmara sabe que precisa ser votada. A Comissão Especial continua trabalhando, fazendo reuniões e debates sobre o tema. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), está empenhado nisso e afirmou que o projeto que muda o sistema de aposentadorias vai ser blindado, independente do que acontecer no governo.

A reforma da Previdência será aprovada até o meio do ano, como quer o governo?

Prefiro que a reforma seja aprovada no segundo semestre, salvando o R$ 1 trilhão proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, do que ser aprovada agora e não preservar a economia que o país precisa.

Muitos parlamentares falam em ausência de articulação por parte do governo. O senhor concorda com essa ideia?

O governo ainda está trabalhando pela articulação, que precisa melhorar. Como estamos no início do mandato, é preciso mais alinhamento e união entre os líderes. Algumas confusões, como quando um membro do Planalto diz uma coisa e depois é desmentido, não contribuem muito.

O partido Novo parece estar mais alinhado ao governo do que o próprio PSL, o partido do presidente.

Negativo. O Novo é fiel aos seus eleitores. Quem nos apoiou nas eleições sabe que estaríamos alinhados a pautas liberais, que são as que o governo tem proposto na área econômica. Se precisar fazer críticas ao governo, nós vamos fazer.

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