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Governo havia recuperado obras vandalizadas no Alvorada

Em 2018, residência oficial retomou o projeto original de Niemeyer. Invasores danificaram boa parte dos 400 móveis e objetos históricos

O patrimônio artístico brasileiro foi alvo preferencial dos vândalos que atacaram e destruíram as sedes dos três poderes em Brasília neste domingo (8) — os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

Quadro do pintor Di Cavalcanti rasgado a facadas

Um das obras atingidas foi a pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti (1897-1976), exposta no terceiro andar do Palácio do Planalto. Imagens mostram que a tela foi perfurada em seis lugares.

O Palácio da Alvorada, lar oficial da família presidencial, passou por uma restauração que durou dois anos e foi concluída em novembro de 2018. Quatrocentos móveis e objetos de decoração foram recuperados de acordo com o projeto original. A restauração do mobiliário custou cerca de R$ 3,8 milhões e os ambientes internos retomaram ao que preverem Niemeyer e sua filha, a designer Ana Maria Niemeyer.

Após o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer teve uma rápida passagem pela residência oficial, mas preferiu retornar ao Palácio do Jaburu, destinado ao vice — o que facilitou o trabalho de recuperação no Alvorada, comandada pela Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República, a DDH.

“Nosso intuito era devolver cada item ao seu lugar, como Oscar Niemeyer determinou e gostaria que sua obra fosse vista”, detalha João Carlos Ramos Magalhães, da comissão de curadoria. Algumas pequenas ressalvas foram feitas, como manter as obras de Victor Brecheret em posição de destaque. A discussão é antiga, já que a brutalidade do clima de Brasília sempre colocou em questão os cuidados com a preservação de algumas obras ao ar livre.

Salão de Estado
Relógio raro foi destruído por terroristas que invadiram o Palácio do Planalto
Desleixo de Bolsonaro

Além dos bolsonaristas, o governo anterior também cometeu descaso com as obras. Em entrevista à GloboNews, a primeira-dama, Rosangela Lula da Silva, a Janja, denunciou avarias encontradas no Palácio da Alvorada após a saída do governo Bolsonaro.   

Dois ícones do Modernismo brasileiro, Di Cavalcanti (1897-1976) e Djanira (1914-1979), voltaram à ordem. A tapeçaria “Músicos”, avaliada em pelo menos R$ 5 milhões e encomendada por Oscar Niemeyer durante a construção de Brasília para o pintor e muralista carioca, está desbotada. Originalmente, a obra ficava na biblioteca da residência oficial da Presidência.

Como Bolsonaro utilizava o local para suas lives semanais, a tapeçaria foi retirada para a instalação de equipamentos — colocado em outro local, o trabalho de Di Cavalcanti sofreu com a ação da luz solar. “Vai ter que ser restaurada”, afirmou Janja.

A tapeçaria “Músicos”, de Di Cavalcanti, foi transferida para a sala de Estado

Confira o antes e depois dos ataques:

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