O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, repercutiu a declaração do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, de que as investigações funcionaram bem para colocar executivos corruptos na cadeia, mas falharam ao não ter uma regra clara para preservar as companhias.
“Dizer que a Lava-Jato quebrou empresas é uma irresponsabilidade. É fechar os olhos para a crise econômica relacionada a fatores que incluem incompetência, má gestão e corrupção”, escreveu Dallagnol do Twitter.
O procurador defendeu que a operação apenas aplicou a lei e que os criminosos foram os responsáveis pela crise financeira das empresas envolvidas nos escândalos. “É, assim, fechar os olhos para a raiz do problema, a prática por muitos políticos e empresários de uma corrupção político-partidária sanguessuga, que drena a vida dos brasileiros”, acrescentou.
“É fechar os olhos para o fato de que a Lava-Jato vem recuperando por meio dos acordos mais de R$ 14 bilhões para os cofres públicos, algo inédito na história”, completou.