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CoronaVac é alvo de polêmica em torno do índice de eficácia

Uma grande celeuma instalou-se na discussão sobre qual seria o verdadeiro índice de eficácia da CoronaVac. Cálculos divulgados inicialmente por várias fontes (e efetuados pela equipe de MONEY REPORT, utilizando tutoriais da internet) chegavam a uma taxa de eficácia de 49,58 %, contra os 50,4% divulgados hoje pelo Instituto Butantan.

Em um primeiro contato, o Butantan reafirmou que seus dados estão corretos e que qualquer discordância “especula contra a ciência e só favorece teorias conspiratórias”. A instituição, no entanto, não entrou em detalhes sobre a fórmula utilizada para chegar aos resultados divulgados.

Uma das fontes citadas para contradizer o Butantan, a vice-presidente do Instituto Sabin, Denise Garret, há pouco desqualificou as declarações a ela atribuídas e afirmou que seu raciocínio foi tirado de contexto. Em nota, ela afirmou: “A taxa mencionada foi descontextualizada e extraída de conversa não concluída com jornalista de site, em um momento em que dados e protocolos usados pelo Butantan estavam sendo analisados. De acordo com as informações disponibilizadas, a Coronavac tem eficácia de 50,4%”.

A discussão, no entanto, persiste nas redes sociais, com alguns especialistas afirmando que pode haver uma confusão entre o que é hazard ratio (risco relativo) e o índice de eficácia propriamente dito.

O debate deve avançar pela quarta-feira.

Testados
Mesmo que os números do Butantan estivessem errados, isso não invalidaria o uso da Coronavac. Foram inoculadas 4.653 pessoas com o imunizante. Só 7 desenvolveram a covid de forma leve, enquanto outras 78 a desenvolveram de modo muito leve. Já a turma do placebo somou 4.599 testados, com 167 desenvolvendo a doença em diferentes graus.

Nota do Butantan enviada por aplicativo de mensagem:
“O Instituto Butantan reafirma que o índice de eficácia global da vacina contra o coronavírus desenvolvida em parceria com a Sinovac é de 50,38%. Não há nenhuma margem de dúvida quanto aos resultados divulgados nesta terça-feira, 12/1, e qualquer interpretação diferente é de quem desconhece a epidemiologia e os métodos científicos reconhecidos mundialmente. O estudo foi submetido e aprovado por um comitê internacional independente, e apresentado à Anvisa rigorosamente conforme as normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. Os resultados não teriam sido enviados à Anvisa se o índice mínimo de eficácia global não tivesse sido atingido. Quem põe em dúvida o resultado apresentado especula contra a ciência e só favorece teorias conspiratórias.”

Observação: este post foi para o ar às 20h02 e alterado para apresentar informações mais fidedignas aos nossos leitores.

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Comentários

3 respostas

    1. Há duas fórmulas.
      A de hazard ratio, que o Butatan usou, e a de taxa de eficácia, que foi aplicada pelos críticos.
      A de hazard ratio dá pesos diferentes a quem recebeu a vacina e o placebo. A de taxa de eficácia divide o primeiro pelo segundo e subtrai o resultado de um. Cortando os zeros chega-se ao índice. Ambas as fórmulas são aceitáveis. A diferença é que a de hazzard ratio ficou acima do mínimo preconizado pela OMS, a de eficácia, um pouco abaixo. Todavia, independente da conta, o índice para os casos graves e moderados foi de 100% (sem mortes), mesmo usando como voluntários profissionais de saúde, pessoas muito mais expostas que a média da população.
      Att.,
      André Vargas

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