Criticado por apoiadores do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e acusado de traição, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a manutenção do juiz de garantias na sanção do pacote anticrime. A medida aprovada no Congresso contrariou Moro. Ela estabelece que o magistrado que cuida do processo criminal não será responsável pela sentença do caso. “O que me surpreende é um batalhão de internautas constitucionalistas, juristas para debater o assunto. E falam que eu traí, que não votam mais e ligam a alguma coisa familiar”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook na noite de quinta-feira (26). “E com todo respeito, 90% não sabem o que é juiz de garantias e ficam criticando”, acrescentou. Mais cedo, no Twitter, o presidente já havia se manifestado sobre o assunto, destacando sua trajetória na política. “Por 28 anos estive na Câmara. Agora coloco em prática o que vi e aprendi para o bem do nosso país. Caso, de concreto, você seja prejudicado por qualquer decisão minha, eu mesmo saio da vida pública imediatamente”, publicou na rede social.