As exportações da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira chegaram a US$ 1,57 bilhão até novembro, divulgou o Ministério da Defesa, que espera fechar o ano com US$ 2 bilhões. Em 2020, as exportações atingiram US$ 777,1 milhões. O setor nacional de defesa possui 146 empresas cadastradas no Ministério da Defesa. O portfólio brasileiro é composto por aeronaves, embarcações, ferramentas cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos. De acordo com o ministério, o segmento de defesa e segurança gera, atualmente, no Brasil 2,9 milhões de empregos, sendo 1,6 milhão diretos e 1,3 milhão indiretos. Em novembro, na Expo Dubai, o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que haveria espaço para negociações de quase US$ 6 bilhões somente junto aos países do Golfo Pérsico.
Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), determinou que participação da BID no PIB nacional cresceu mais de 8% no biênio 2019-2020 em relação a 2018, representando hoje 4,78% da economia. Conforme o estudo, a taxa de crescimento da indústria de defesa superou, em 2020, a de setores tradicionais, como a construção civil, a agricultura e a extração de petróleo.
Prioridade
Para o ministro da Defesa, Braga Netto, o fortalecimento do setor é uma prioridade do ministério e um importante vetor para a recuperação da economia brasileira no período de pandemia de covid-19. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo. A Base Industrial de Defesa brasileira vem se desenvolvendo de maneira sólida, com a diversificação de produtos, e mostra plena capacidade de desenvolver os projetos estratégicos das Forças Armadas, a fim de que possam cumprir adequadamente as suas missões constitucionais”, afirmou Braga Netto, na mostra BID Brasil 2021, promovida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), em Brasília.
(Agência Brasil)