Os preços da indústria avançaram 4,78% em março frente a fevereiro, informou nesta terça-feira (4) o IBGE. O resultado representa a segunda maior alta da série histórica do Índice de Preços ao Produtor (IPP), iniciada em 2014. A expansão recorde observada em fevereiro ante janeiro foi revisada de 5,22% para 5,16%. O índice agora acumula recordes de 14,09% no trimestre e de 33,52% considerando os últimos 12 meses.
O IBGE destacou que foi o vigésimo aumento consecutivo na comparação mensal. O índice mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 23 apresentaram variações positivas, repetindo o desempenho apresentado nos meses de fevereiro e janeiro.
O resultado refletiu, principalmente, a elevação dos preços nas atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (16,77%), outros produtos químicos (8,79%), madeira (7,73%) e papel e celulose (7,18%). Já as maiores influências vieram de refino de petróleo e produtos de álcool (1,53 ponto percentual), outros produtos químicos (0,74 p.p.), alimentos (0,58 p.p.) e metalurgia (0,41 p.p.).
Outro fator que contribuiu para a expansão de preços em março foi o aumento da demanda internacional, especialmente da China, impactando o preço das commodities, sobretudo agrícolas.