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Empresas defendem uso de biogás em larga escala

BTG Pactual reuniu importantes personalidades para debater o futuro da agricultura

O setor agropecuário do Brasil possui um vasto potencial inexplorado para projetos de biogás em grande escala, com oportunidades para aproveitar comercialmente esse combustível renovável, seja através da sua utilização interna nas operações ou à venda para terceiros, afirmaram executivos do ramo durante a 4ª edição do AgroForum, promovido pelo Banco BTG Pactual nesta quinta-feira (15), com foco no tema  “Futuro em Desenvolvimento”.

Marcel Jorand, diretor-executivo do grupo Urca Energia, enfatizou a escalabilidade dos projetos envolvendo biogás gerado a partir de matérias-primas do setor agropecuário. Ele observou que, embora o segmento contribua apenas com 20% do total de biometano produzido no país, há um vasto potencial a ser explorado.

“Eu acredito que… a verdadeira oportunidade ainda está por vir, e essa oportunidade está ligada ao setor agropecuário”, afirmou Jorand durante o evento, citando informações da Associação Brasileira de Biogás (Abiogás), que estima que 90% do potencial de biogás do Brasil está relacionado ao agro.

O biogás é um combustível renovável obtido a partir de resíduos orgânicos, tanto urbanos, como os encontrados em aterros sanitários, quanto provenientes da agricultura e pecuária. Suas principais aplicações são na geração de energia elétrica e na produção de biometano, que é uma alternativa renovável ao gás natural.

De acordo com Jorand, a Urca Energia teve sua origem em um projeto de tratamento de resíduos da suinocultura no estado do Mato Grosso, e a empresa busca desenvolver novos empreendimentos que auxiliem os produtores na adequada gestão de seus resíduos, criando assim fontes adicionais de receita.

“Apesar de termos nos afastado um pouco para trabalhar com aterros sanitários, estamos buscando retornar às nossas origens no setor agropecuário”, afirmou o executivo.

A Adecoagro também está investindo na expansão de sua produção de biogás na usina localizada em Minas Gerais, onde a empresa possui um projeto-piloto que utiliza vinhaça da cana-de-açúcar em sua forma natural para produzir esse combustível renovável, como mencionou o vice-presidente Renato Pereira no mesmo evento.

“Possuímos atualmente uma utilização de apenas 3% da vinhaça, e agora temos um plano bem estruturado para aumentar isso e passar de 6 mil metros cúbicos normais para 110 mil metros cúbicos por dia nos próximos três a quatro anos”, mostrou.

A companhia já abastece alguns de seus veículos com biometano, o qual é produzido após o processamento do biogás e é equivalente ao gás natural, podendo expandir essa prática no futuro.

“O desafio está em surgirem novos veículos movidos a biometano; atualmente, há muitas colheitadeiras e tratores em campo que ainda não contam com motores compatíveis com biometano.”

Os especialistas presentes abordaram também a ascensão contínua do agronegócio brasileiro, detalhando seus investimentos, as inovações que estão moldando o campo e o impacto desse desenvolvimento no cenário global.

O agro é um segmento que movimenta mais de R$ 1 trilhão anualmente, e os participantes do fórum exploraram sua imensa potencialidade.

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