Após especulações, o Banco do Brasil anunciou em comunicado ao mercado, nesta quinta-feira (18), a saída do presidente, André Brandão, em 1º de abril. A decisão foi assinada pelo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa.

Brandão ficou seis meses no cargo, indicado pelo Ministério da Economia.
Ele atuou no HSBC e substituiu Rubens Novais. O nome de seu substituto não foi anunciado. A causa da saída estaria nas críticas abertas e pressões internas do presidente Bolsonaro, que em janeiro ameaçou Brandão de demissão por discordar do plano de reestruturação da instituição, que incluía o fechamento de agências.

No comando do BB, Brandão implementou um programa de desligamento voluntário de cerca de 5 mil funcionários do banco e fechou 361 pontos de atendimento em todo o país. Como resultado, economizou R$ 353 milhões em 2021 e deve atingir R$ 2,7 bilhões até 2025. Em contrapartida, foram criadas 14 agências voltadas ao agronegócio.

A entidade afirma que a decisão foi apresentado ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente do Conselho de Administração do Banco, Hélio Lima.

A expectativa é que o presidente Bolsonaro aprove alguém que tenha u perfil menos de mercado e mais político, já que o enxugamento do banco poderia trazer descontentamentos capazes de se refletir nas urnas em 2022.