Foram 37 bilhões de pagamentos em tempo real em 2023, 75% das transações em toda a América Latina
Em apenas três anos desde sua criação, o Pix se tornou um fenômeno no Brasil, revolucionando a forma como as pessoas transferem dinheiro. De acordo com o relatório Prime Time for Real-Time 2024, elaborado pela ACI Worldwide e GlobalData, o país se consolidou como o segundo maior mercado de pagamentos instantâneos do mundo, com 37,4 bilhões de transações em tempo real realizadas em 2023. Esse volume representa 14% das transações globais e 75% das realizadas na América Latina.
O sucesso do Pix se deve a diversos fatores, como a ausência de taxas, a disponibilidade instantânea de fundos e o acesso facilitado via celular. A integração com carteiras digitais populares e sistemas bancários existentes também contribuiu para a rápida adoção da plataforma.
“O Pix elevou os pagamentos em tempo real do Brasil da paralisação às alturas”, afirma Vlademir Santos, principal executivo da ACI Worldwide no Brasil. “O sucesso se deve à regulamentação do Banco Central e a um ecossistema rico em fintechs, que descentraliza os serviços financeiros, aumenta a concorrência e democratiza rapidamente os pagamentos para a população.”
Projeções para o Futuro
A pesquisa prevê que o crescimento do Pix continuará a ser exponencial, com um CAGR de 25,4% entre 2023 e 2028. Até lá, o número de transações instantâneas deve chegar a 115,8 bilhões, equivalente à metade de todas as transações eletrônicas no país.
Desafios e Segurança
Apesar da praticidade, o Pix também apresenta alguns desafios. A concentração do acesso aos sistemas financeiros em aparelhos celulares facilita a fraude em transações instantâneas. Para combater esse problema, o Banco Central do Brasil implementou medidas como a verificação de velocidade do Pix e o Bloqueio Cautelar, que congela transações por 72 horas para investigação.
Tendências Globais
O mercado global de pagamentos instantâneos também está em crescimento, com um aumento anual de 42,2% em 2023, totalizando 266,2 bilhões de transações. A previsão é que esse número chegue a 575,1 bilhões até 2028, representando um crescimento acumulado de 16,7% ao ano.
