O Ibovespa fechou em leve baixa de 0,04% nesta quarta-feira (4), aos 126.087 pontos. O dólar caiu 0,13%, cotado a R$ 6,04 no encerramento. Concentrado no ambiente doméstico com apostas de alta na Selic na próxima semana e rumores de trocas no alto escalão da Petrobras, o índice nacional perdeu a força conquistada na véspera e voltou ao tom negativo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez críticas à forma como parte do mercado financeiro recebeu o pacote fiscal, anunciado na semana passada, e disse que as medidas são suficientes para o momento. O chefe da pasta afirmou ainda que o mercado tem legitimidade para criticar, mas que o “filme é melhor que a fotografia”. “Não me parece que medidas de contenção de gastos são irrelevantes, como alguns querem fazer parecer”, afirmou Haddad em evento da agência Jota em Brasília. Perto do fechamento, a curva brasileira precificava 44% de probabilidade de alta de 100 pontos-base da taxa básica de juros, a Selic, contra 56% de chance de elevação de 75 pontos-base. Na véspera, os percentuais eram de 25% e 75%, respectivamente. Hoje, a Selic está em 11,25% ao ano e o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga uma nova decisão na próxima quarta-feira (11). Nos Estados Unidos, os índices renovaram os recordes de fechamento com impulso das ações de tecnologia. Os investidores reagiram a novos dados do mercado de trabalho. Segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP, o país criou 146 mil postos de trabalho no setor privado em novembro, depois de 184 mil em outubro (dado revisado). Os economistas previam criação de 150 mil postos de trabalho no período. A expectativa agora é pelo relatório oficial de empregos (payroll) de novembro, com divulgação prevista para a próxima sexta-feira (6).
As maiores altas foram da Fertilizantes Heringer (91,44%) e Equatorial Energia (8,35%). As baixas, Companhia Energetica do Ceará (-15,36%) e preferenciais da Alfa Holding (-11,40%). Das cinco ações mais negociadas, três apresentaram evolução: Hapvida (-3,32%), Cogna (-2,33%), Ambev (0,58%), B3 (1,16%) e preferenciais do Bradesco (1,14%). O volume negociado foi de R$ 22,14 bilhões.