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Redes sociais e saúde mental; inflamações intestinais; cascável combate câncer

Boletim de MR sobre medicina, pesquisa, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas


Uso excessivo de redes sociais preocupa especialistas

Dados recentes apontam uma associação preocupante entre o uso intenso de redes sociais e transtornos mentais, como ansiedade e depressão, em jovens de 11 a 19 anos no Reino Unido. Adolescentes com esses diagnósticos passam cerca de 50 minutos a mais por dia conectados, buscam mais validação online e são mais sensíveis a curtidas e comentários. A comparação constante nas plataformas pode agravar sintomas emocionais, embora ainda não esteja claro se o uso excessivo causa os transtornos ou se jovens com esses quadros tendem a buscar mais as redes. No Brasil, um levantamento divulgado pelo Instituto Cactus e pela AtlasIntel já havia mostrado que 43,5% das pessoas que passam mais de três horas por dia nas redes possuem diagnóstico de ansiedade. O alerta é para que famílias, escolas e políticas públicas acompanhem de perto esse comportamento digital.

Chocolate amargo ajuda a controlar a pressão alta

Um estudo da Universidade de Surrey, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, revelou que o consumo regular de chocolate amargo (75% cacau) e chá pode ajudar a controlar a hipertensão. A pesquisa analisou 145 ensaios clínicos com mais de 5 mil participantes e concluiu que alimentos ricos em flavan-3-ois — como chocolate amargo, chá, maçãs e uvas — podem reduzir a pressão arterial em níveis semelhantes aos de medicamentos convencionais, com benefícios mais evidentes em pessoas hipertensas. Além disso, esses alimentos melhoram o funcionamento dos vasos sanguíneos e têm baixos índices de efeitos colaterais.

Internações por inflamações intestinais crescem no Brasil

As internações por doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, aumentaram 61% no Brasil nos últimos dez anos, totalizando cerca de 170 mil casos no SUS; essas enfermidades crônicas afetam principalmente adultos jovens, prejudicando a qualidade de vida, e demandam diagnóstico precoce e tratamento contínuo para controlar sintomas e evitar complicações graves, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, que promove campanha de conscientização no Maio Roxo.

Proteína da cascavel pode combater câncer agressivo

Pesquisadores da USP descobriram que a crotoxina, proteína do veneno da cascavel, pode eliminar células do câncer de mama triplo negativo, um tipo agressivo e resistente a tratamentos, ao induzir morte celular e danificar o DNA tumoral sem afetar células saudáveis; embora promissor, o estudo ressalta a necessidade de mais testes pré-clínicos e clínicos antes do uso como medicamento.


O que MR publicou


Maus-tratos na infância afetam memória e aprendizado

Pesquisa da USP com 795 crianças e jovens entre 6 e 21 anos revelou que maus-tratos na infância provocam redução duradoura no volume do hipocampo direito, área do cérebro essencial para memória, aprendizado e regulação emocional. O impacto varia conforme a intensidade e frequência do trauma, podendo causar dificuldades cognitivas e maior vulnerabilidade a transtornos como depressão e ansiedade. Os resultados reforçam a necessidade de intervenções precoces e políticas públicas para proteger o desenvolvimento infantil e minimizar os efeitos negativos do trauma.

Avanços no transplante capilar

O transplante capilar, especialmente pela técnica FUE, tem evoluído garantindo resultados naturais e recuperação rápida, mas é uma cirurgia que exige avaliação médica rigorosa, equipe qualificada e estrutura adequada para garantir segurança. Com a popularização do procedimento, cresce o risco de profissionais não habilitados oferecendo serviços inseguros e baratos, o que pode comprometer a saúde. Especialistas reforçam a importância de escolher especialistas registrados e desconfiar de preços muito baixos para evitar complicações.

Sono ruim piora enxaqueca

Dormir mal e enxaqueca têm uma relação bilateral, onde a falta de sono pode desencadear crises e, ao mesmo tempo, a enxaqueca prejudica a qualidade do sono, segundo pesquisa da International Headache Society. O estudo mostrou que pessoas com enxaqueca apresentam maior sensibilidade à privação do sono, com alterações no processamento da dor no cérebro. Tratamentos combinando medicamentos como anti-CGRP e toxina botulínica têm se mostrado eficazes para controlar a doença, que, embora crônica, pode ser manejada com acompanhamento médico e identificação dos gatilhos individuais.

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