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Burnout na rede; superbactérias; recordes da dengue; BR 94% vacinado

Boletim de MR sobre medicina, inovação, saúde mental, negócios e políticas públicas

Busca pelo termo “burnout” cresceu 83%

Um levantamento da plataforma de marketing digital e visibilidade Semrush determinou que o termo “burnout” foi pesquisado 368 mil vezes na internet em abril, um aumento de 83,08% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, “burnout sintomas” também registrou crescimento, saltando de 40,5 mil buscas em abril de 2023 para 74 mil no mês passado. Os resultados refletem um aumento da preocupação do público com questões de saúde mental no ambiente de trabalho. As buscas por “saúde mental”, por exemplo, sofreram uma queda de 17,73% no último ano, enquanto “saúde mental no trabalho” teve um aumento de 49,38% no período. O mesmo aconteceu com “ansiedade” (queda de 18,29%) e “ansiedade no trabalho” (aumento de 23,08%). Já as pesquisas por “estresse” não tiveram alterações significativas em relação ao último ano, mas “estresse no trabalho” cresceram 20,83% entre os brasileiros. 

Em 2023, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou 288.865 afastamentos por transtornos relacionados ao universo corporativo, um crescimento de 38% em comparação com 2022. O Ministério da Saúde define a síndrome de burnout como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. 

Como evitar mortes por superbactérias

Todos os anos, cerca de 750 mil mortes ligadas a superbactérias resistentes aos antibióticos poderiam ser evitadas, sugere um levantamento da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, publicado na revista Lancet. Infectologistas afirmam que a resistência antimicrobiana (RAM) é um desafio global. “Mata mais pessoas do que o HIV, malária e tuberculose juntos”, afirmou o professor Ramanan Laxminarayan. De acordo com os dados de 2019, estima-se que 4,95 milhões de mortes foram associadas à RAM bacteriana, incluindo 1,27 milhões de vítimas fatais diretamente causadas por esse tipo de resistência.

“Mata mais pessoas do que o HIV, malária e tuberculose”, afirmou Ramanan Laxminarayan

Os modelos sugerem que as mortes nos países de baixa e média renda poderiam ser reduzidas em 18% (750 mil) por meio de três ações: melhor prevenção e controlo de infecções em ambientes hospitalares poupariam 337 mil vidas; acesso à água potável e melhorias no saneamento e higiene salvariam 247,89 mil pessoas; e vacinação infantil manteria outras 181,5 mil seguras, incluindo 95,4 mil óbitos entre menores de 15 anos.

O que MR publicou

Dengue fez 3 mil vítimas fatais no Brasil em 2024
Eliminação de focos naturais do mosquito é prioritário

A média de casos fatais por dengue no Brasil é de 20 por dia desde o começo do ano. São 3 mil mortes confirmadas. No mesmo período do ano passado (até a 20ª semana), o país somava 867 óbitos, informou o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. O quadro atual é o maior desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior foi em 2023, com 1.179 casos, com o terceiro maior resultado em 2022, com 1.053, indicando que a doença está em franca expansão. Há também 2.666 óbitos em investigação. O total de infectados até 18 de maio era de 5.213.564, também um recorde.

Quase 94% da população brasileira está vacinada contra covid

No primeiro trimestre de 2023, 188,3 milhões de pessoas de 5 anos ou mais de idade tinham tomado pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19, o que representa 93,9% da população dessa faixa etária no Brasil. Entre os homens, 90,8 milhões declararam ter tomado pelo menos uma dose (93%), e, entre as mulheres, esse número alcançou 97,5 milhões (94,8%). A vacinação começou em janeiro de 2021 pelos idosos, para quem tinha comorbidades e imunossuprimidos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: covid-19 (2023) divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

IBGE: 77% dos adultos receberam pelo menos três doses

Com relação à situação do domicílio, 94,2% (164,2 milhões) de pessoas de 5 anos ou mais de idade residentes em áreas urbanas tomaram pelo menos uma dose de algum imunizante contra a covid-19, enquanto nas áreas rurais esse percentual foi 92,3% (24,1 milhões). A Região Sudeste, que é a mais populosa do Brasil, registrou a maior proporção maiores de 5 anos com pelo menos uma dose de vacina (95,9%), seguida das regiões Nordeste (94%); Sul (93,1%); Centro-Oeste (91,0%); e Norte (88,2%).

Entre as pessoas de 5 a 17 anos de idade vacinadas contra a covid-19, 84,3% tinham tomado pelo menos duas doses do imunizante até o primeiro trimestre de 2023, sendo o esquema vacinal primário completo o mais comum: 50,5% com duas doses. Os que tomaram a dose complementar com pelo menos um reforço 33,8% das pessoas dessa faixa etária. Das crianças e adolescentes, 13,6% haviam tomado apenas uma dose de imunizante contra a covid-19. “Entre os adultos, nota-se que o esquema vacinal com alguma dose de reforço se mostrou majoritário, sendo adotado por 76,9% deles com pelo menos três doses de imunizante contra a covid-19”, diz o IBGE.

E quem ficou de fora?

A mesma PNAD Contínua: covid-19 (2023) divulgada pelo IBGE mostra que 5,6% dos brasileiros de 5 anos ou mais não tomou nenhuma vacina contra a covid — uma a cada 18 pessoas. Esse índice perfaz a 11,2 milhões, principalmente homens: 6,3 milhões – mulheres somam contra 4,9 milhões. Cerca de 5,7 milhões de não vacinados estão na faixa entre 5 e 17 anos, enquanto 5,5 milhões são maiores de 18 anos.

Os principais fatores foram:

  • 29,2% – “Esquecimento ou falta de tempo”;
  • 25,5% – “Não acha necessário, tomou as doses que gostaria e/ ou não confia na vacina”;
  • 17,5% – “Está aguardando ou não completou o intervalo para tomar a próxima dose”;
  • 16,5% – “Medo de reação adversa ou teve reação forte em dose anterior”.

A região Norte foi a que menos se imunizou, proporcionalmente, com 11% do total da população, seguida por Centro-Oeste (8,5%), Sul (6,3%), Nordeste (5,5%) e Sudeste (3,7%).

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