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Partidos de esquerda e do governo escolhem candidatos à presidência no México

Por Frank Jack Daniel e Diego Oré

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – Os partidos políticos do México escolheram formalmente como candidatos à presidência neste domingo um político veterano de esquerda, com forte liderança nas pesquisas, e um um ex-ministro da Fazenda do partido de situação atrás por até 20 pontos nas intenções de voto.

O partido no poder, Partido Institucional Revolucionário (PRI), selecionou o ex-ministro das finanças, José Antonio Meade, de 48 anos, à frente de milhares de integrantes do partido em um estádio na Cidade do México, geralmente usado para concertos de rock, à frente de uma campanha que deve depender de promessas para acabar com o crime e a corrupção enquanto ataca a pobreza.

Meade está atrás nas pesquisas do rival Andrés Manuel Lopez Obrador, nomeado candidato pelo partido esquerdista Morena que ele fundou depois da segunda candidatura fracassada à presidência em 2012, em um hotel na capital.

O líder da coalizão de centro-direita, que está em segundo lugar nas pesquisas recentes, Ricardo Anaya, seria indicado mais tarde.

Lopez Obrador, ex-prefeito da Cidade do México, manteve uma liderança de dois dígitos na maioria das pesquisas desde o ano passado e seu apoio cresceu em duas pesquisas na semana passada, mas o candidato Anaya, o mais jovem dos três aos 38 anos, reduziu a vantagem.

Falando a várias centenas de integrantes do partido que ele fundou depois de perder a eleição presidencial pela segunda vez em 2012, Lopez Obrador, de 64 anos, reiterou promessas de combater a desigualdade, corrupção e violência.

Não podemos nos acostumar com o horror”, disse ele a apoiadores que cantavam “é uma honra estar com Obrador”.

Analistas dizem que Lopez Obrador poderia diminuir o ritmo de abertura do setor de energia estatal adotado pelo presidente Enrique Pena Nieto para o investimento privado, mas esperam que ele enfrente um Congresso dividido que tornaria improvável qualquer mudança rápida na política.

Anaya renunciou em dezembro ao seu cargo de presidente do Partido de Ação Nacional (PAN) de centro-direita para tentar a presidência em aliança com o Partido da Revolução Democrática de centro-esquerda (PRD). Sua coalizão apoia um programa universal de renda básica para combater a pobreza.

A frustração com a corrupção e um aumento nos assassinatos sob Pena Nieto afetaram a credibilidade das promessas de Meade de ser severo com a contravenção.

A eleição marcará a primeira vez que candidatos independentes podem concorrer à presidência. Margarita Zavala, esposa do ex-presidente Felipe Calderón do PAN, e Jaime Rodríguez Calderon, que se tornou o primeiro governador independente do México em 2015, devem receber assinaturas suficientes para concorrer.

Analistas duvidam que qualquer um dos potenciais candidatos independentes tenha chances, mas seus eleitores podem influenciar uma disputa acirrada.

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