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Maia prega paciência para consolidar candidatura e critica fim de propaganda partidária

Por Laís Martins

SÃO PAULO, 19 Abr (Reuters) – O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato do DEM à Presidência, Rodrigo Maia (RJ), avaliou nesta quinta-feira que o processo de consolidação de sua candidatura requer paciência e que ela só se consolidará bem mais à frente.

“É um processo com paciência, com a mesma paciência que eu sempre tive em todos os meus processos eleitorais”, disse Maia em coletiva de imprensa após evento com investidores em São Paulo.

“A gente vai construindo para chegar no momento adequado e infelizmente vai ser bem mais na frente do que todos nós gostaríamos, vai consolidar mais na frente a candidatura.”

Na semana passada, uma fonte do DEM disse à Reuters que Maia estabeleceu um prazo até junho para definir sua situação e, até lá, tentará tornar a sua candidatura a mais viável do centro do campo político.

Questionado por jornalistas sobre quais candidatos vê como sendo de centro, Maia quis manifestar o que entende sobre centro.

“O centro não é um ambiente onde as pessoas deixem de pensar apenas para dizer ‘sou de centro’. O Brasil introduziu a palavra centro, no meu ponto de vista, apenas para justificar, que o Bolsonaro está num canto e que o resto não está nesse canto”, disse.

“(O centro) é onde a gente possa ter um ambiente de diálogo, para que a gente possa discutir a ideia de cada um e construir consensos”, complementou o presidente da Casa.

Na avaliação de Maia, ainda, a decisão de acabar com a propaganda partidária na TV fora do período eleitoral, um dos pontos da minirreforma aprovada em outubro de 2017, torna o cenário mais incerto e gera atrasos no processo de consolidação de candidaturas.

“Do ponto de vista da economia de recursos para financiar o fundo eleitoral foi correto, mas do ponto de vista político, nós tiramos de todos os partidos que têm pré-candidatos ao governo e aos Estados a condição de se apresentar para mais brasileiros de uma vez só”, disse.

Segundo Maia, em todos os processos eleitorais, desde a época do ex-presidente Fernando Collor de Mello, os programas eleitorais semestrais foram decisivos para a mudança de patamar de alguns candidatos.

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