As fábricas da Ford, GM e Chrysler, no estado de Michigan, berço da indústria automotiva americana, devem reiniciar suas atividades em 18 de maio. Há uma mistura de alívio e de temor com a decisão, diante da possibilidade real de a pandemia não ser refreada.
O setor automobilístico responde por 6% da produção econômica dos EUA, com US$ 1,28 trilhão em 2019, e emprega mais de 835 mil pessoas. Mesmo com as restrições de convívio, Michigan soma 4,5 mil mortes por coronavírus, com 47,5 mil infectados, ocupando o quarto lugar entre 50 estados. O país soma cerca de 80 mil mortos, 1,34 milhão de infectados e 19,7 mil novos registros nesta segunda-feira (11).
Na Califórnia, a montadora Tesla anunciou nesta segunda-feira (11), que irá voltar ao trabalho. A decisão desafia as autoridades locais, que por enquanto defendem o bloqueio total das atividades. A briga promete envolver pesadas multas e terminar nos tribunais.
O risco da reabertura se daria pela falta de testagem em larga escala e a adoção de critérios rígidos de segurança nos locais de trabalho. Pesquisas indicam que a maioria dos americanos também está preocupada, porém dividida.
É uma aposta perigosa para todos, já que as autoridades sanitárias acreditam que o país está para sofrer uma segunda onda de contágio. A pandemia colocou mais americanos desempregados do que nunca desde a Grande Depressão da década de 1930. O Congresso autorizou repasses de trilhões de dólares em ajuda de emergência para trabalhadores e empresas.
