Por Christine Kim e Steve Holland
SEUL/WASHINGTON (Reuters) – Dois enviados da Coreia do Sul viajaram aos Estados Unidos, nesta quinta-feira, para se encontrar com o assessor de segurança nacional dos EUA, H. R. McMaster, e outras autoridades norte-americanas, para debater a reunião que tiveram nesta semana com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disseram funcionários de Seul e Washington.
O diretor da Agência de Segurança Nacional sul-coreana, Chung Eui-yong, e o diretor do Serviço Nacional de Inteligência, Suh Hoon, também conversarão com outros chefes de departamento e mais tarde podem se encontrar ou com o presidente norte-americano, Donald Trump, ou com seu vice, Mike Pence, informou uma autoridade do governo de Seul sob condição de anonimato.
Segundo a autoridade, Chung já havia conversado com McMaster por telefone brevemente depois de encerrar a visita desta semana à isolada Coreia do Norte.
Os enviados sul-coreanos devem informar as autoridades norte-americanas a respeito da postura norte-coreana quanto a possíveis conversas futuras com Washington e sua aparente disposição para suspender seus testes nucleares se a segurança de seu governo estiver garantida.
O secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, foi comedido quando indagado na quarta-feira sobre a perspectiva de um engajamento com Pyongyang.
“Obviamente estamos cautelosamente otimistas de que ocorra algum progresso adiante aqui”, disse Mattis a repórteres no Pentágono. “Mas já fomos otimistas antes, então teremos que observar as ações e ver se elas correspondem às palavras”.
As tensões causadas pelos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos alcançaram os níveis mais elevados dos últimos anos em 2017.
Pyongyang desenvolve seus programas de armas desafiando resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e recentemente Kim Jong Un e Trump recorreram a uma retórica áspera e beligerante.
A Coreia do Norte alardeia seus planos para desenvolver um míssil com ogiva nuclear capaz de atingir o território continental dos EUA, mas os temores de uma guerra de grandes proporções foram atenuados no mês passado, coincidindo com a participação norte-coreana na Olimpíada de Inverno, realizada na Coreia do Sul.