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Refugiados em SP migram para bairros e interior

Embora a capital siga como ponto de convergência para sírios e venezuelanos, houve descentralização dessa população

Um levantamento sobre o perfil e a distribuição geográfica da população refugiada e solicitante da condição de refugiado atendidas pela Caritas Arquidiocesana de São Paulo (Casp), com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), revelou que, embora a capital paulista siga como principal destino, ao longo dos três últimos anos houve uma descentralização dessa população. Em 2020, o registro de residências apontava que 67% dos refugiados no estado de São Paulo moravam na capital. Em 2018, este índice era de 78%.

O registro da população atendida pela Casp em 2020 mostra que eles estão em 66 municípios de diversas regiões do estado. Analisando especificamente a capital, ainda que haja uma ocupação quase completa do território nacional, houve maior incidência dessa população que se estende do Centro para a zona Leste da cidade, mas começa a se dirigir para os extremos da zona Sul.

No georreferenciamento mais recente, o de 2020, os bairros com maior presença de refugiados eram Sé, com 281; República, com 261; Cidade Dutra, com 251; Sapopemba, com 174; e Brás, com 167. Além disso, verifica-se também uma tendência a ocupação da porção Leste da capital, nos bairros do Sacomã, Ipiranga, Vila Prudente, São Mateus, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaquera, Penha e outros. 

Venezuelanos

Em 2020, os venezuelanos representavam o maior porcentual (56%). Essa comunidade é composta praticamente pelo mesmo percentual de homens e mulheres, estando mais concentrada nos bairros Cidade Dutra (zona Sul) e de São Mateus e Sapopemba (zona Leste). Já a população síria, a segunda mais representativa, é composta majoritariamente por homens (68%) e se concentra na região central, principalmnte no Brás e Belém.

Os dados evidenciam que essas comunidades buscam se estabelecer na rota de importantes corredores de transporte público, como metrô e trens, próximo a equipamentos de abrigos – como o Centro Temporário de Acolhimento (CTA) de São Mateus; e junto às comunidades de refugiados previamente estabelecidas, como nos casos dos sírios e congoleses.

“O mapeamento é um meio fundamental para se entender a realidade das pessoas refugiadas. A partir desse território, pensar políticas públicas nas mais variadas esferas como moradia, saúde, educação e inserção laboral, de forma que possam ir além da acolhida e se reverta de fato em integração social”, afirmou o diretor da Caritas Arquidiocesana de São Paulo, padre Marcelo Maróstica.

O mapeamento permitiu identificar a concentração de pessoas solicitantes da condição de refugiado e pessoas refugiadas reconhecidas por nacionalidades distribuídas na capital paulista, grande São Paulo e no Estado de SP. Esta é a primeira vez que foi apresentada uma série de mapas possibilitando mostrar a mobilidade da população refugiada atendida num intervalo maior: foram três anos de análise, incluindo os efeitos da pandemia de covid-19.

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