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Procuradores discutiram pedir impeachment de Gilmar Mendes

Mensagens divulgadas nesta terça-feira (6) pelo site do jornal El País, em parceria com o site The Intecept, mostram que os procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato buscaram provas para ligar o ministro Gilmar Mendes, do STF, ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souto, o Paulo Preto, apontado como sendo operador de propinas do PSDB. Os procuradores, conforme os diálogos, cogitaram procurar dados até na Suíça para incriminar Mendes.

Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, mencionou que havia um boato de que parte do dinheiro mantido no exterior pelo ex-diretor da Dersa seria do ministro. “Caso se confirme essa unha e carne, será um escândalo”, escreveu.

Levantando informações contra Gilmar Mendes, os integrantes da Lava-Jato pretendiam pedir a suspeição dele e até discutiram a possibilidade de defender publicamente o impeachment do ministro. “Caros a Raquel não confronta o GM provavelmente por conta do sonho com uma cadeira no supremo, mas ele está passando de todos os limites. Ou passamos a falar publicamente que a sociedade tem um encontro marcado com o impeachment de Gilmar e se Vc não gosta do Gilmar a culpa é do Eunicio Oliveira, ou então precisamos cobrar posição pública da PGR. Sei que devemos medir palavras e nada disso é bom, mas Gilmar está abusando de todos os limites”, afirmou Dallagnol.

As mensagens mostram também que os procuradores trataram com ironia e sabiam dos riscos de investigar um ministro do Supremo. “E nós não podemos dar a entender que investigamos GM”, alertou Dallagnol.

A reportagem do El País/The Intercept reforça que a Constituição determina que os ministros do STF só podem ser investigados com autorização de seus pares. Além disso, a apuração é comandada pela procuradora-geral da República, e não por procuradores de primeira instância.

Após a divulgação dos diálogos, Gilmar Mendes cobrou uma resposta da PGR. “Está na hora de a procuradoria tomar providências em relação a isto”, afirmou Mendes. “Tudo indica, e acho que à medida que os fatos vão sendo revelados, que nós tínhamos uma organização criminosa para investigar”, acrescentou.

As mensagens foram mantidas com a grafia original

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