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Políticos reagem à fala de Eduardo Bolsonaro sobre ‘novo AI-5’

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse, em entrevista publicada no YouTube no canal da jornalista Leda Nagle, que uma eventual radicalização da esquerda no Brasil pode ter como resposta um novo AI-5. O filho do presidente Jair Bolsonaro se referia ao ato institucional que ampliou a censura e permitiu ao regime militar intensificar a repressão.

“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual a do final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando executavam-se e sequestravam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente via precisar ter uma resposta. E a resposta, ela pode ser via um novo AI-5, via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, afirmou.

A fala do parlamentar despertou reações no mundo político. Confira:


Rodrigo Maia (DEM-RJ)

“A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo.”


João Amoêdo (NOVO)

“Novamente um filho do presidente atua contra as instituições, criando crise e deixando de lado as prioridades para o brasileiro. Como deputado, Eduardo deveria saber a importância da democracia e valorizá-la. E não ameaçar o Brasil com autoritarismo, como Maduro faz na Venezuela.”


Joice Hasselmann (PSL-SP)

“Atentar contra a democracia é crime! Está no artigo 5º da Constituição Federal. É inadmissível o flerte escancarado com o autoritarismo, em especial vindo de um deputado federal e filho do presidente da República. O Brasil não precisa de loucura, mas de equilíbrio e bom senso. Deus nos ajude. Fica muito claro o que essa gente quer. O AI-5 cassou mandatos, suspendeu direitos, e instituiu censura: o sonho dos autoritários. O sonho do clã. Não podemos permitir esse grave ataque à democracia.”


Bruno Araújo (presidente do PSDB)

“Parece que não restam mais dúvidas sobre as intenções autoritárias de quem não suporta viver em uma sociedade livre. Preferem a coerção ao livre debate de ideias. Escolhem a intolerância ao diálogo.”


ACM Neto (DEM-BA)

“As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro são uma inaceitável afronta à democracia. Nesse momento o país precisa de equilíbrio e responsabilidade, não de ameaças e radicalizações como as defendidas pelo parlamentar.”


Marco Aurélio Mello (ministro do STF)

“A toada não é democrática-republicana. Os ventos, pouco a pouco, estão levando embora os ares democráticos.”


Major Olimpio (PSL-SP)

“Neste momento que vivemos, ele conseguiu criar mais um problema para o pai. Duvido que ele tenha lido o conteúdo do AI-5.”


Davi Alcolumbre (DEM-AP)

“É lamentável que um agente político, eleito com o voto popular, instrumento fundamental do Estado democrático de Direito, possa insinuar contra a ferramenta que lhe outorgou o próprio mandato. Mais do que isso: é um absurdo ver um agente político, fruto do sistema democrático, fazer qualquer tipo de incitação antidemocrática. E é inadmissível esse afronta à Constituição. Não há espaço para que se fale em retrocesso autoritário. O fortalecimento das instituições é a prova irrefutável de que o Brasil é, hoje, uma democracia forte e que exige respeito.”


Kim Kataguiri (DEM-SP)

“Meu mais absoluto repúdio à afirmação do deputado Eduardo Bolsonaro. Um conservador busca conservar as instituições, que foram construídas a duras penas por nossos ancestrais e mantidas por tradição. Defender ruptura institucional é o exato oposto do espírito do conservadorismo: a prudência. Eduardo Bolsonaro não passa de um Che Guevara com sinal trocado.”


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