O ministro Edson Fachin, do STF, deve decidir se autoriza a inclusão do presidente Michel Temer no rol de investigados de um inquérito que apura repasses ilícitos da Odebrecht para o PMDB na campanha de 2014. O pedido foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e difere do entendimento de seu antecessor no cargo. Rodrigo Janot deixou Temer de fora da apuração por entender que o presidente da República só poderia ser investigado por fatos ocorridos durante o seu mandato. Dodge, no entanto, argumentou ao embasar a solicitação que o presidente pode ser investigado por fatos anteriores, mas não denunciado. “A investigação criminal deve ser contemporânea dos fatos. Deve ser o mais próxima possível do tempo da sua suposta prática criminosa, sob pena de perecimento das provas”, afirmou a PGR em sua manifestação ao STF.