A Polícia Federal (PF) procedeu nesta quinta-feira (4) a operação Pecunia non Olet, para apurar crimes de corrupção entre membros do Judiciário alagoano. Um dos alvos foi o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), Celyrio Accioly (imagem). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu 15 mandados de busca e apreensão paraa alvos em Maceió (AL) e Curitiba (PR).
Accioly é uma figura proeminente no Judiciário alagoano. Na magistrtura desde 1986, se tornou desembargador em 2015, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sendo nomeado ao TJ-AL em 2016, pelo critério de antiguidade. No biênio de 2017 e 2018, foi escolhido como vice-presidente pelo critério de antiguidade.
De acordo com a PF, o inquérito revelou que agentes públicos, entre eles o desembargador, e advogados atuavam em concluio para atrasar julgamentos e tomar decisões benéficas para os interesses de empresas da área de educação em troca do pagamento de subornos para magistrados.
Se comprovada a participação, os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de advocacia administrativa, situação em que agentes públicos promovem interesses ilegítimos, solicitando retardamento, ação ou omissão de atos de ofício, em contrariedade aos preceitos e princípios legais. O TJ-AL e o desembargador não se pronunciaram sobre a operação da PF.