Rivais partidários desde antes da primeira eleição presidencial da redemocratização, em 1989, PT e PSDB parecem se alinharem pela primeira vez contra um rival em comum, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A articulação acontece a partir do estabelecimento do Fórum dos Governadores, ocorrido neste domingo (21), aponta reportagem de O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (22). O governador paulista João Doria (PSDB), eleito com um forte discurso antipetista, abre mão de seu protagonismo na guerra das vacinas e dá espaço ao governador piauiense Wellington Dias (PT) para coordenar as discussões sobre as campanhas. Ambos os partidos admitem que desejam disputar o pleito de 2022, mas por hora há um pacto de não agressão.
A relação entre os estados se estreitou na pandemia, com o governo federal negando a calamidade e os governadores tendo que lidar de forma autônoma com as contaminações, falta de vacinas e ataques vindo dos Planalto, que semana passada acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação para tentar derrubar os decretos de lockdown locais, que buscam conter a disseminação da covid-19 em meio ao colapso da saúde.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que espera uma aproximação do PT e do PSDB em 2022: “Sou a favor de que a gente coloque o Brasil acima das nossas divergências políticas secundárias. Estamos tratando de um projeto de salvação nacional”.
No mesmo embalo, o petista Wellington Dias deu méritos ao tucano Doria, reforçando o clima de armistício: “Justiça seja feita, não fosse a iniciativa do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, 80% das pessoas que receberam a vacina não estariam hoje vacinadas”. Um indicativo que os ânimos amainaram está na imagem de destaque, captada em dezembro, com João Doria está ao lado do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), quando foi negociada a compra de vacinas do Instituto Butantan.
Respostas de 2
Só bandido.
Na verdade se os políticos pensarem nas divergências ideológicas e não se unirem em prol de algo muito superior, que estamos vivenciando e sofrendo todos os brasileiros, a covid19, que já levou quase 300 mil brasileiros, o momento deve ser de esquecer as diferenças e pensar em salvar vidas, procurar uma saída para que as pessoas desempregadas tenham algum tipo de renda, até a vacinação atinga toda população. Por tanto o momento requer união e parceria em prol das famílias brasileiras.