A primeira reunião da CPI da Pandemia, instaurada pelo Senado para apurar a conduta do governo na crise sanitária e os repasses federais aos Estados, está prevista para a próxima quinta-feira (22). Se não houver surpresas, os integrantes devem confirmar Omar Aziz (PSD-AM) na presidência do colegiado e Renan Calheiros (MDB-AL) como relator.
Segundo o jornal O Globo, os senadores oposicionistas e independentes já articulam os passos iniciais dos trabalhos da comissão. O foco de abertura deve ser na apuração de falhas no processo de compra das vacinas e a aposta equivocada em medicamentos sem eficácia, como a cloroquina.
Os parlamentares naturalmente pretendem convocar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (foto) e chamar também o ex-chanceler Ernesto Araújo para prestar esclarecimentos. A turbulenta gestão de Araújo no Itamaraty – principalmente os atritos com a China – é apontada como um fator que prejudicou a compra de imunizantes no exterior e atrasou a importação de insumos.
Já a base governista avalia como reagir e equilibrar os rumo das discussões. Os aliados do presidente Jair Bolsonaro querem destacar as verbas enviadas a estados e municípios e possíveis desvios na aplicação dos recursos. O Consórcio do Nordeste, composto por governadores da região, deve ser o maior alvo.