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OMS suspende uso de hidroxicloroquina em teste internacional

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta segunda-feira (25), que uso de hidroxicloroquina está suspenso de um grande ensaio clínico promovido pela entidade. A decisão foi baseada nas conclusões apresentadas por uma pesquisa, publicada na revista médica britânica The Lancet, na última sexta-feira (22). O medicamento causa arritmia cardíaca e aumentaria o risco de morte em tratamentos contra a covid-19. Nas combinações mais arriscadas, pode ter sido responsável por um índice de mortes de quase 25%. A média do grupo de controle da pesquisa foi de quase 10%. A decisão deve ser revisada dentro de algumas semanas.

De acordo com o diretor-presidente da OMS, Tedros Adhanom, a substância está suspensa do estudo até que se consiga uma “análise abrangente e avaliação crítica de todas as evidências disponíveis globalmente”. Chamado de Solidarity, o ensaio envolve 3,5 mil pacientes em 17 pacientes. A decisão foi tomada no sábado (23).

Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, afirmou que a decisão foi por cautela. O estudo publicado na The Lancet apontou que dos pacientes avaliados que receberam hidroxicloroquina e antibióticos, 23,8% morreram. Já entre os que receberam só hidroxicloroquina, a taxa foi de 18%. No grupo de controle, o índice ficou em 9,3%.

Além da hidroxicloroquina, o estudo Solidarity emprega outros medicamentos ou combinados: o antiviral remdesivir; a combinação de lopinavir e ritonavir, usados contra HIV; e a mesma combinação com interferon-1A. Esses medicamentos seguirão em testes.

A própria OMS e a Opas, braço da organização nas Américas, não recomendam nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina para tratar a Covid-19 fora de ensaios clínicos. Mesmo assim, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, os medicamentos foram inseridos nos protocolos de tratamento das fases iniciais e agudas da covid-19.

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