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O tabuleiro da sucessão presidencial em 2026

Nesta semana, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participou de um evento promovido por MONEY REPORT, restrito a 40 convidados. Na abertura, na condição de moderador, disse à plateia que estávamos diante de um pioneiro. Por quê? Em 1989, quando lançou-se candidato à presidência da República, o governador foi o único a se definir como um política com fundamentos direitistas. Mesmo Fernando Collor, o vencedor daquele pleito e ungido como o grande adversário a Luiz Inácio Lula da Silva, se definia como o “candidato dos descamisados”. Mas Caiado foi para as cabeças e disse que era de Direita.

Mas esse não foi seu único pioneirismo. Ele também se colocou como um defensor do agronegócio, algo que hoje é corriqueiro. Mas, naquele 1989, era preciso coragem para assumir essa posição, pois o Agro não tinha o mesmo poderio econômico que se vê atualmente. Além disso, Caiado foi o primeiro político a acusar o PT de corrupção: no meio de um debate, disse que as relações entre a prefeitura de São Paulo e a incorporadora Lubeca não eram republicanas.

Bem no início de sua exposição, o governador fez questão de dizer que seu futuro político dependerá do que vier a acontecer com Jair Bolsonaro. Se o ex-presidente conseguir reverter sua atual situação, de inelegibilidade, ele não será candidato ao Planalto. Mas, se a condição eleitoral de Bolsonaro se mantiver, ele deve assumir ao menos uma pré-candidatura.

Caiado contou que costuma se reunir com outros três governadores, Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Jr. (Paraná) e Romeu Zema (Minas Gerais), em Brasília. Nesses encontros, eles discutem o cenário político, falam de pesquisas e trocam figurinhas. Ou seja, por enquanto a convivência entre esses quatro potenciais presidenciáveis é civilizada ao extremo.

Mas os quatro governadores precisam se entender, no futuro, quem será o cabeça de chapa e a quem será entregue a vice-presidência (O.K., se Bolsonaro não puder ser candidato). Caiado, Zema e Ratinho chegarão a 2026 com oito anos de mandato e podem ter um repertório mais amplo a explorar do que Tarcísio.

Mas o governador de São Paulo conta com o fato de comandar o estado mais populoso do país, com uma taxa de aprovação bastante satisfatória. Entretanto, Tarcísio diz a todos que prefere ficar mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes. Como ele é muito novo (tem apenas 48 anos), poderia esperar até 2030, especialmente se o mecanismo da reeleição cair até lá.

Se a parada ficar entre Caiado, Ratinho e Zema, o governador de Goiás tem a vantagem de ter mais experiência e a maior taxa de aprovação dos três. Quem, dessa trinca, vai cair nas graças do eleitorado? Façam as suas apostas.  

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