Apontada como modelo pelos defensores de medidas de isolamento flexíveis, a Suécia registrou em abril o maior número de óbitos (10.458) em um mês desde dezembro de 1993 (11.057). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18), pelo Escritório de Estatísticas, colocando em sérias dúvidas a validade das iniciativas locais para conter o coronavírus. As mortes ocorreram por causas variadas, inclusive covid-19.
A Suécia evitou fechar o comércio e manteve abertas as escolas de ensino fundamental. E mesmo com a economia funcionando em ritmo perto do normal, se comparado com o resto da Europa, a previsão da União Europeia é que a economia sueca encolha 6,1% neste ano.
Com 30.377 casos confirmados, em termos proporcionais, a Suécia registra mais mortes que seus vizinhos que adotaram medidas mais rígidas para conter o avanço do vírus. Desde o início da pandemia, 3.698 suecos morreram de covid-19 – 346,55 por milhão de habitantes. Em abril, a proporção foi de 101,1. Na vizinha Dinamarca, morreram 537 pessoas, ou 92,63 por milhão de habitantes.
Agora o país deve adotar medidas mais rígidas de isolamento e de testagem da população, a fim de refrear a pandemia. Apenas confiar na disciplina da população não se mostra o suficiente.