Segundo o jornal O Globo, o depoimento do ex-ministro à Polícia Federal demorou cerca de oito horas porque os agentes tiveram de copiar o conteúdo de seu telefone celular. Como Moro mantinha o histórico de conteúdo de apenas quinze dias, com receio da invasão de hackers, os técnicos da PF recuperaram os dados apagados e este processo demorou bastante tempo.
Durante a oitiva, Moro afirmou à delegada Christiane Corrêa Machado que o presidente Jair Bolsonaro ameaçou exonerá-lo em reunião do Conselho de Ministros do governo ocorrida em 22 de abril. A razão da ameaça teria sido a insistência do então ministro em o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, no cargo, contrariando a vontade do presidente. Sergio Moro disse que o evento foi gravado em vídeo feita pela Presidência da República — e tal gravação poderia comprovar a tentativa de interferência política de Bolsonaro no comando da Polícia Federal.