Pesquisar
PATROCINADORES
PATROCINADORES

Nancy Pelosi chega a Taiwan e ignora fúria chinesa

Presidente Câmara dos Representantes disse que viagem honra compromissos dos EUA com a ilha

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, ignorou os alertas da China e desembarcou nesta terça-feira (2) em Taipé, capital de Taiwan. A visita da autoridade americana ao território – onde deve se encontrar com a presidente Tsai Ing-wen na quarta-feira (3), segundo a imprensa local – é motivo de tensões entre Pequim e Washington há semanas, elevando ao máximo o alerta sobre possíveis represálias ao gesto, entendido como uma provocação à soberania da China.

Nancy pelo em aeroporto de Taipei, Taiwan

Em um artigo assinado para no The Washington Post – e publicado após o desembarque em Taipé -, Pelosi justificou a viagem a Taiwan como um sinal do compromisso dos Estados Unidos com a preservação da democracia e da soberania do território frente às agressões de Pequim e do Partido Comunista Chinês – ao qual citou nominalmente.

Por meio do twitter, Pelosi declarou que: “Os Estados Unidos continuam a se opor aos esforços unilaterais para mudar o status quo”, acrescentando que “a solidariedade dos Estados Unidos com os 23 milhões de habitantes de Taiwan é mais importante hoje do que nunca, pois o mundo enfrenta uma escolha entre autocracia e democracia” e “a visita de nossa delegação a Taiwan honra o compromisso inabalável dos Estados Unidos em apoiar a vibrante Democracia de Taiwan”, finalizou.

Apesar de não ter afirmado e nem declinado se iria ou não à ilha, os meios de comunicação citaram os comentários do vice-presidente do Parlamento da ilha, Tsai Chi-chang, de que uma visita de Pelosi era “muito provável”.

Consequência militar

As autoridades norte-americanas alertaram o governo chinês, na segunda-feira (1º), sobre possíveis impactos de uma resposta militar à visita de Nancy Pelosi a Taiwan. De acordo com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, não há razão para Pequim transformar a ida de Pelosi em uma crise política ou usar isso como pretexto para aumentar a atividade militar agressiva dentro ou ao redor do Estreito de Taiwan.

Aviões de guerra chineses sobrevoaram a ilha nesta 3ª feira (2), em uma região próxima da linha mediana que divide o Estreito de Taiwan. Além disso, navios de guerra chineses navegam pela região desde segunda-feira.

Taiwan

A questão taiwanesa é um dos temas mais delicados na República Popular da China. Taiwan é governada de forma independente desde o fim de uma guerra civil em 1949. A China, no entanto, considera a ilha como parte do seu território, na forma de uma província dissidente. Se Taiwan tentar sua independência, deve ser impedida à força, na interpretação chinesa.

As relações entre EUA e China no que diz respeito a Taiwan estão em um dos seus momentos mais complicados. Em maio, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse estar disposto a usar a força para defender o território taiwanês em caso de ataque da China.

Biden falou que os EUA concordaram “com a política de uma só China”, mas que a ideia de que Taiwan poder ser “apenas tomada por força, simplesmente não é apropriada”. Segundo ele, seria “uma ação semelhante ao que aconteceu na Ucrânia”.

Compartilhe

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pergunte para a

Mônica.

[monica]
Pesquisar

©2017-2020 Money Report. Todos os direitos reservados. Money Report preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe.