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Moro diz que Bolsonaro citou caso Adélio para exonerar Valeixo

O ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) reiterou em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro insistiu para mudar o comando da Polícia Federal. Entre os motivos apontados para exonerar Maurício Valeixo, então titular do cargo, Bolsonaro mencionou “uma suposta falta de empenho na investigação de possíveis mandantes da tentativa de assassinato” contra ele durante a campanha presidencial de 2018. O crime foi cometido por Adélio Bispo, que teria agido sozinho, conforme inquérito instaurado pela PF. A conclusão da apuração não teria convencido o presidente. Um novo inquérito foi aberto para apurar se houve a participação de outras pessoas no caso. Moro relatou que Bolsonaro estava ciente do andamento das investigações e destacou o trabalho dos policiais para elucidar os fatos.

Confira os trechos:

Que o Presidente também alegou como motivo da exoneração de VALEIXO uma suposta falta de empenho da Polícia Federal na investigação de possíveis mandantes da tentativa de assassinato perpetrada por ADÉLIO;

Que a Polícia Federal de Minas Gerais fez um amplo trabalho de investigação e isso foi mostrado ao Presidente ainda no primeiro semestre do ano de 2019, numa reunião ocorrida no Palácio do Planalto, com a presença do Declarante, do Diretor VALEIXO, do Superintendente de Minas Gerais e com delegados responsáveis pelo caso;

Que na ocasião, o Presidente não apresentou qualquer contrariedade em relação ao que lhe foi apresentado;

Que essa apresentação ao Presidente decorreu da sua condição de vítima e ainda por questão de Segurança Nacional, entendendo o Declarante que não havia sigilo legal oponível ao Presidente pelas circunstâncias especiais;

Que a investigação sobre possíveis mandantes do crime não foi finalizada em razão de decisão judicial contrária ao exame do aparelho celular do advogado de ADÉLIO;

Que o Presidente tinha e tem pleno conhecimento desse óbice judicial;

Que o Declarante entende que antes do final das investigações não é possível concluir se ADÉLIO agiu ou não sozinho e que, de todo modo, o Declarante, ao contrário do que afirmado publicamente pelo Presidente da República na data de hoje (02 de maio de 2020) jamais obstruiu essa investigação, ao contrário, solicitou à Polícia Federal o máximo empenho e ainda chegou a informa à AGU, na pessoa do Ministro ANDRÉ MENDONÇA, da importância de que a AGU ingressasse na causa para defender o acesso ao celular, não pelo interesse pessoal do Presidente, mas também pelas questões relacionadas à Segurança Nacional.

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