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Michelle Bolsonaro teve despesas pagas em dinheiro vivo

Áudios interceptados pela PF revela conversas de assessoras de ex-primeira-dama com Mauro Cid

A Polícia Federal descobriu através de quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro utilizava cartão de crédito da assessora parlamentar Rosimary Cardoso Cordeiro para pagar as contas pessoais.

Segundo o colunista Aguirre Talento, do UOL, A PF detectou que o militar fazia depósitos em dinheiro vivo na conta da assessora com objetivo de ocultar a origem dos recursos. A informação foi obtida através de áudios interceptados que revelam uma preocupação de Cid com outras duas assessoras da primeira-dama de que a prática pudesse ser considerada como “rachadinha.”

Em uma das conversas, Cintia Borba Nogueira pede para Giselle dos Santos Carneiro da Silva que sugira para Michelle usar um cartão próprio para “controlar melhor as contas” e evitar “problemas futuramente”, caso a imprensa descobrisse que ela usava cartões de Rose.

Em outro áudio interceptado, Giselle fala para Mauro Cid que pediu para outra assessora, chamada Adriana, conversar com a ex-primeira-dama e que ela tinha ficado “pensativa”, mas que tinha decidido continuar utilizando o cartão, já que fazia uso “bem antes do presidente ser eleito.”

Mauro Cid então disse para Giselle que a situação poderia ser alvo de investigação por ter semelhança com o esquema de “rachadinha” do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O ajudante também ressaltou que ela tinha comprovantes do pagamento das despesas, mas que isso não comprovava que o pagamento teria saído da sua conta bancária. Outro detalhe que chamou a atenção da PF era a orientação para que todos os pagamentos fossem feitas em dinheiro vivo, o que indica um possível desvio de recursos públicos para pagamento de despesas pessoais.

A Polícia Federal também identificou que a empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeiras e Materiais para Construção, que tem contratos com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), depositou cerca de R$ 25.360 na conta bancária do segundo-sargento Luis Marcos Dos Reis, que trabalhava com Mauro Cid, além de ter feito ao menos 12 depósitos na conta de uma tia de Michelle. Em seguida, ele sacava o dinheiro e pagava pessoas ligadas à primeira-dama. Os dois militares estão presos desde 3 de maio por suspeita de terem fraudado cartões de vacina contra covid.

Vanderlei Cardoso de Barros, marido de uma das sócias da empresa e autor das transferências, disse que é amigo do sargento, que o dinheiro era um “empréstimo”e que não conhece Bolsonaro e nem Michelle.

A defesa do ex-presidente e da ex-primeira-dama disse que ela “não conhece esse ajudante de ordens e desconhece que ele tenha feito pagamentos para ela” e que Cid fazia os pagamentos para “resguardar a privacidade do tomador de serviço e não expor a intimidade da dona Michelle e filhos.”

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