Mais uma vez, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, promulga medidas de combate ao coronavírus cuja eficácia pode ser debatida durante dias a fio. No ano passado, antecipou feriados e não conseguiu resultados satisfatórios (https://www.moneyreport.com.br/politica/ao-antecipar-feriados-covas-repete-medida-que-nao-deu-certo-em-2020/). Apesar disso, reeditou a ideia despropositada e até a expandiu, trazendo para o presente ano datas comemorativas de 2022.
Mas chama a atenção a obsessão do prefeito com o rodízio de veículos e sua criatividade sobre o tema. No ano passado, inventou o rodízio par e ímpar (que retiraria de circulação automóveis com placas ímpares no dia 31 de um mês e no 1º do seguinte), abandonado rapidamente por estimular maior concentração de veículos nas ruas. Dessa vez, haverá um escalonamento de automóveis no período noturno. Trata-se da forma inventada pelos gênios municipais para reduzir a circulação durante à noite, que já é regida por um toque de recolher.
Sobre essas ações, o prefeito disse: “Não é uma regra de direita ou de esquerda, é o que a ciência tem recomendado”. Ganha uma caixa de geleia de jabuticaba quem encontrar um estudo que demonstre cientificamente a viabilidade dessa maluquice.
Novamente, estamos diante de uma situação inusitada. O prefeito não quer arcar com o ônus de decretar um lockdown completo e fica inventando artifícios para tentar manter as pessoas em casa ou reduzir sua circulação. É como se vivêssemos o enredo de um filme. Seu título? “Me Engana Que Eu Não Gosto – Parte 2”.