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Marçal e Datena experimentam os gumes da mesma “facada”

Debate entre prefeitáveis de São Paulo ofereceu o pior da política. Resta saber o que a Justiça Eleitoral fará e o que as pesquisas eleitorais da semana trarão

O pendor pelo quanto pior melhor chegou ao paroxismo neste domingo (15), com a cadeirada ao vivo desferida pelo candidato José Luiz Datena (PSDB) no adversário Pablo Marçal (PRTB). Com sua campanha desmoronando nas pesquisas e demonstrando temperança declinante diante das provocações, Datena partiu para a violência física. É possível considerar que Marçal planejou a provocação para criar o fato político que lhe faltaria para ganhar impulso renovado nas intenções de voto – o que será medido nas pesquisas da semana. Ele está tecnicamente embolado com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). A agressão pode ter lhe dado o mesmo efeito puxador de simpatias que Jair Bolsonaro encontrou ao ser vítima de uma facada na campanha de 2018.

O que MR publicou

Na manhã desta segunda (16), ainda no hospital onde passou a noite, Marçal comentou que foi vítima, assim como Bolsonaro e até mesmo Donald Trump, que foi alvo de um atentado e de uma nova tentativa neste domingo (15). O coach tem razão. Ele é alvo da própria virulência que colocou em campo, porém no ambiente de controlado de um estúdio de TV, repleto de seguranças, assessores e, claro, câmeras. Em seu parcialismo, desconsiderou que ninguém tentou lhe explodir a cabeça, como nos casos de Trump, tampouco teve pedaços do intestino perfurados, o que complica a saúde de Bolsonaro pelo resto da vida.

Nada justifica o ato de Datena e a Justiça Eleitoral deve tomar providências. Há dúvidas se a maratona de debates televisivos deve continuar. Da parte de Marçal, é preciso perceber que durante todo o tempo ele tentou encontrar uma brecha no autocontrole de seus adversários. Ele tratou de desfazer da capacidade de Tabata Amaral, tirou Boulos do sério com a pegadinha da carteira de trabalho e levou o autocontrole de Nunes ao limite. Foi Datena quem caiu. No debate na TV Gazeta (1º), o tucano já havia saído do púlpito para lhe colocar o dedo em seu rosto.

Ao justificar que a violência que praticou seria em defesa de sua honra, Datena acionou um argumento tortuoso e tóxico que no passado recente justificou até feminicídios. Porém, é preciso lembrar que Marçal defende o quanto pior melhor – desde que seja em seu favor. Foi o que declarou no debate da Gazeta, diante das câmeras: “Não é para ver quem tem a melhor proposta, é para ver quem aguenta”, disse. Parece que todos entenderam, menos Datena.

Esbarrão

Com ataques, provocações, cortes de vídeo para redes sociais e fake news (Elon Musk não apoia sua candidatura é só uma delas), Marçal estabeleceu um modo de fazer política que seus adversários (e a Justiça Eleitoral, a imprensa e o eleitorado) ainda não conseguem enfrentar com a devida prontidão. Resta esperar pelo próximo capítulo – e se Datena estará no próximo debate.

Mas como a construção imediata da narrativa é imperfeita, a masculinidade tóxica de Marçal corre risco de fraquejar. Em um primeiro momento foi afirmado que ele teve um costela partida e que estaria com dificuldades para respirar, porém os monitoramentos de sua campanha nas redes detectaram que uma lesão provocada por um homem de 67 anos, diabético e lento de tão acima do peso não pega exatamente bem. Tanto que no final da manhã desta segunda a vítima disse que a cadeirada foi apenas um “esbarrão”.

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Comentários

Respostas de 2

  1. São Paulo mostra o lixo social que veio se tornando, graças as décadas de governos de PSDB, PMDB e REPUBLICANOS. Essa gente que AMA de Coração e Alma cidades como Paris e New York, odeiam a própria cidade de São Paulo, mas garante seu Champagne e Caviar graças a São Paulo e sua população de escravos, feitos de Otários que eles exploram até a última gota de sangue, sem qualquer empatia ou piedade ….

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