MONEY REPORT escolheu como Imagem da Semana um dos diversos atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral que ocorreram o Brasil. Acima, momento captado em São Paulo, durante a leitura da carta em defesa da democracia organizada por juristas, na tarde de 11 de agosto, na quinta-feira, em evento organizado pela Faculdade de Direito da USP. A data marcou aniversário da criação dos cursos de direito no país e coincide com a leitura do manifesto de 1977, que denunciou a ditadura militar.
O documento reúne mais de 1 milhão de assinaturas. Mais cedo, no mesmo prédio da faculdade, foi lido o documento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também em defesa pela democracia.
Embora as duas cartas não citem diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), são vistas como uma resposta às declarações do mandatário contra o processo eleitoral no país, em especial contra as urnas eletrônicas. Nos discursos, o nome do presidente não foi citado. Nas redes sociais, Bolsonaro ironizou.
– Hoje, aconteceu um ato muito importante em prol do Brasil e de grande relevância para o povo brasileiro: a Petrobrás reduziu, mais uma vez, o preço do diesel.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 11, 2022
Bolsonaro não assinou o documento e chegou a criticá-lo em mais de uma ocasião. Ele disse não ser necessário assinar uma “cartinha” para demonstrar ser favorável à democracia. A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” foi elaborada por um grupo de juristas e publicada em 26 de julho, oito dias após reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, na qual o chefe do Executivo repetiu acusações já desmentidas sobre processos de fraude nas eleições.