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Lula mandou remover o golpista Lawand de missão nos EUA

Coronel enviou mensagem a Mauro Cid para que convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a retirada do coronel Jean Lawand Júnior de uma missão nos Estados Unidos após a descoberta de supostas trocas de mensagens entre o militar e o colega tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Lawand Jr. estava designado para atuar como adjunto do adido militar junto à embaixada brasileira em Washington. As mensagens descobertas indicavam que o coronel defendia que o ex-presidente Bolsonaro desse um golpe para voltar ao poder no lugar do eleito Lula.

Nos diálogos, o militar sugere a Mauro Cid que auxilie Bolsonaro a “dar uma ordem” para ação das Forças Armadas contra a eleição de Lula (PT). “Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele”, implorou o coronel na noite de 1º de dezembro ao oficial de patente inferior. “Acaba o Exército Brasileiro se esses caras não cumprirem a ordem do Comandante Supremo”, completou, referindo-se aos generais que chefiavam a arma e ao próprio Bolsonaro.

A Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid um projeto de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns documentos relacionados a um possível golpe de estado. Com isso, a ordem para afastar o coronel foi dada pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, a pedido do presidente Lula, que deseja esclarecimentos sobre as supostas trocas de mensagens. Paiva se reuniu com o presidente e o ministro da Defesa, José Múcio, para tratar do assunto nesta sexta-feira (16).

Assim, o coronel Lawand Jr. foi deslocado para funções administrativas. Ou seja, foi comandar uma escrivaninha. Será aberto um processo interno para avaliar sua conduta e, somente após a sua conclusão, o general decidiria pelo afastamento definitivo, reintegração ou alguma punição. A não ser que o cenário mude radicalmente, sua carreira está enterrada. Agora o Exército pretende realizar um processo seletivo para escolher o militar para ocupará o posto vago nos Estados Unidos.

A Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid uma minuta de um decreto de GLO e alguns documentos que supostamente apoiavam um golpe de Estado. Um decreto de GLO permite ao presidente convocar as Forças Armadas em situações de perturbação da ordem pública. Os materiais encontrados mencionavam a possibilidade de utilizar as Forças Armadas para garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União.

As trocas de mensagens datam de dezembro de 2022, o que leva a PF a acreditar que possam estar relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Outra hipótese levantada é que o plano envolvesse a edição do decreto de GLO e posteriormente a implementação do golpe, conforme indicado pela minuta encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

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