Prorrogada até o fim de janeiro, a força-tarefa da Lava-Jato do Paraná obteve nova vitória na Justiça: a segunda condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. O juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, sentenciou Cunha a 15 anos e 11 meses de prisão na quarta-feira (9) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação era pelo recebimento de US$ 5 milhões em propina em contratos de construção de navios-sonda da Petrobras. O juiz determinou, ainda, o confisco de quatro carros de Cunhas, um Porsche Cayenne S, um Ford Fusion AWD GTDI, um Ford Edge V6 e um Hyundai Tucson GLS 27L.
A primeira condenação de Cunha foi em março de 2017, a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em processo por recebimento de propina em um contrato de exploração de petróleo em Benin, na África. Em novembro de 2017, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região reduziu a pena para 14 anos e seis meses. Desde março, o ex-parlamentar cumpre pena em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, autorizado pela Justiça em razão da pandemia do coronavírus.