Ex-presidente é acusado de tentar cancelar a eleição de Biden, posse ilegal de documento secretos e até suborno de atriz pornô
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deve encarar simultaneamente a Justiça e a corrida presidencial à Casa Branca. Nesta segunda-feira (28), a juíza federal Tanya Chutkan marcou para 4 de março de 2024, uma quarta-feira, o início de seu julgamento por tentativa de anulação forçada do resultado do pleito que elegeu seu sucessor, o democrata Joe Biden, em 2020.
Por coincidência, um dia antes, ocorre a Superterça, quando diversos estados votam nas suas prévias eleitorais. Ou seja, as eleições começam a esquentar junto com o processo criminal contra Trump. O caso é baseado na invasão do Capitólio, em Washington, quando uma multidão insuflada pelos discursos do ex-presidente invadiu a sede do legislativo, onde o resultado da eleição estava para ser referendado. O ataque resultou em 5 mortes, incluindo um policial. Outros 138 agentes da lei foram feridos, com deles 15 hospitalizados. Milhares foram processados e as condenações seguem.
O ex-presidente é réu em quatro processos diferentes, dois federais, e outros na Georgia e em Nova York. Em dois desses casos ele é acusado de tentar reverter os resultados das eleições alegando, reiteradamente, mas sem provas, que houve fraude.
O caso a ser julgado por Chutkan é o mais perigoso para Trump, pois considera que ele tentou enganar os eleitores divulgando mentiras sobre o sistema eleitoral. Caso seja condenado, dificilmente teria condições de manter sua candidatura.
Já o caso de Nova York envolve o suborno da estrela pornô Stormy Daniels e será decidido em março. O da Geórgia, sobre a tentativa de anular as eleições de 2020 naquele estado ainda não tem uma data final. Na quarta-feira (24), ele foi fichado na Georgia. Em maio, Trump deve comparecer a uma corte na Flórida por suspeita de manter documentos secretos do governo em sua residência após deixar a presidência. Houve um quinto processo, por abuso sexual contra uma jornalista, que lhe rendeu uma condenação e pagamento de indenização de US$ 5 milhões.
Trump afirmou por sua rede social, a Truth Social, que vai tentar alterar a data do início do julgamento.
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