O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, decidiu manter o bloqueio de bens do ex-presidente Lula nesta quarta-feira (17). A decisão consta no despacho enviado ao Distrito Federal (DF) com dezenas de processos relacionados à ação penal sobre supostos crimes cometidos na compra de um terreno para o Instituto Lula.
Na semana anterior, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou o envio desta e de outras três ações penais – sobre o triplex no Guarujá, o sítio em Atibaia e doações ao Instituto Lula – para a Justiça Federal do DF. Fachin anulou todas as decisões tomadas no âmbito das quatro ações penais por entender que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era competente para julgar o caso. A maioria dos atos era de autoria do ex-juiz Sergio Moro.
Bonat escreveu que o bloqueio de bens, contudo, não foi determinado no bojo das ações penais, mas em processos separados, acessórios a elas. Por esse motivo, ele ordenou a manutenção da medida e que caberá ao novo juízo competente analisar a necessidade de manter a medida cautelar.
Argumentação
“Tendo por base os estritos limites da decisão do Exmo. Ministro Edson Fachin, manterei os bloqueios durante a declinação, ficando o Juízo declinado responsável pela análise acerca da convalidação das decisões que autorizaram as constrições cautelares”, escreveu Bonat.
Além das ações penais, Bonat enviou ao DF 36 processos acessórios – como, por exemplo, exceções de ilicitude, buscas e apreensões, medidas cautelares e quebras de sigilo, entre outras. Contudo, ele manteve em Curitiba outras dezenas de processos relacionados, por entender que estão ligados a diversos outros casos que continuam sob sua competência.
(Com Agência Brasil)