A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa na madrugada deste sábado (13), informou o ministro de Governo do país, Carlos Eduardo Del Castillo. Ela é acusada pelo Ministério Público (MP) de terrorismo, conspiração e golpe de estado, que levou à renúncia do ex-presidente Evo Morales, em 2019.
Além dela, o MP ordenou a prisão de outros cinco ministros que compuseram seu governo e ex-membros do alto comando militar: Arturo Murillo (Governo), Yerko Núñez (Secretaria da Presidência), Luis Fernando López (Defesa) e Álvaro Coimbra (Justiça); Almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha, Jorge Gonzalo Terceros, ex-comandante da Força Aérea, e Williams Kaliman, ex-chefe das Forças Armadas.
Entenda o caso
Evo Morales foi eleito ao 4° mandato e renunciou 3 dias após o final da eleição de 2019 enquanto protestos tomavam as ruas em contestação ao resultado das urnas. Uma auditoria realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades. Àñez era a segunda vice-presidente do Senado e proclamou-se presidente da Bolívia em uma sessão no legislativo sem quórum suficiente, endossada pelo Tribunal Constitucional da Bolívia e tomou posse em 12 de novembro de 2019.
Em 2020, o ex-ministro da Economia de Morales, Luis Arce, se tornou presidente democraticamente do país com 55,1% dos votos válidos – marcando o retorno da esquerda ao poder.