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Heinze volta às suas obsessões: Mia Khalifa e cloroquina

MONEY REPORT escolheu como a Fake News da Semana a volta das obsessões do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) (abaixo). O parlamentar citou estudos refutados sobre a cloroquina para o tratamento precoce da covid, algo cansativamente descartado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele também voltou a se referir, sem declarar o nome, a ex-atriz pornô Mia Khalifa, que se apresenta jocosomene como autoridade em saúde pública no Brasil, de acordo com o Twitter da própria (abaixo). De tanto ser citada nas sessões da comissão, ela resolveu brincar. Confira o levantamento feito pela agência Aos Fatos.

Luis Carlos Heinze (PP-RS)
  • Mia Khalifa: o vice-presidente da CPI da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na sessão de quarta-feira (22), ironizou ao sugerir a convocação da ex-atriz pornô Mia Khalifa para depor, após Heinze voltar a mencioná-la indiretamente. O senador falava de uma pesquisa de Harvard que teria sido conduzida pela empresa de uma atriz pornô. Randolfe disse: “Mia Khalifa de novo? Vou ter que chamar a Mia Khalifa para confrontar o senhor”. Heinze rebateu: “Deixa-me falar”. “Não, o senhor tá insistindo em convocar a Mia Khalifa”, disse Randolfe;
  • Mortes: pacientes que participavam de estudo em Manaus sobre a cloroquina morreram por terem recebido doses tóxicas do remédio. Falso. Os óbitos foram em decorrência da covid-19 e uma investigação não encontrou relação com a droga, provando sua ineficácia;
  • Amapá: o senador associou a taxa de letalidade do Amapá com a adoção de tratamento precoce. Enganoso. O potencial de uma terapia com remédios não pode ser verificado por esse indicador, que têm relação com outros fatores, como a taxa de incidência de casos;
  • Interrupção: “A retratação da revista Lancet nesse processo. Nesse sentido, são gravíssimos e isso acaba tirando fora do processo um produto sério [cloroquina]”. Falso. O episódio não suspendeu estudos com a droga. Os resultados posteriores confirmaram que a substância é ineficaz. A conclusão foi que o medicamento aumentava a mortalidade e isso fez a OMS interromper os estudos com a droga no Solidarity Trial;
  • Substituta: “A Pfizer já está registrando um produto para substituir a cloroquina”, alegou o senador. Falso. O antiviral experimental PF-07321332 tem ação diferente do antimalárico. A farmacêutica desenvolveu um medicamento, em fase experimental, que demonstrou ação antiviral in vitro, ou em laboratório, mas não há garantia que seja seguro ou eficaz em humanos;
  • Chikungunya: “Algum colega falou que não tinha recomendação para vírus. Está aqui. Chikungunya é um vírus. Trata com o quê? Cloroquina”, afirmou. Falso. O médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, André Siqueira, explicou que a hidroxicloroquina é utilizada em pacientes na fase crônica da doença devido às complicações semelhantes às doenças reumatológicas;
  • Nada positivo: é Falso que o infectologista David Boulware, da Universidade do Minnesota, nos EUA, conduziu um ensaio que demostrou os benefícios da hidroxicloroquina, como afirma o senador. Os três estudos que ele participou sobre o uso da droga não demonstraram qualquer efeito positivo.

Confira o todas as vezes que Mia Khalifa citou a CPI no Twitter

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